Esta semana foi de muito aprendizado! Na quarta-feira recebi a Dra Kátia Rubio e fomos Iate Clube de Brasília, onde estava sendo realizado o campeonato que definiria a seleção brasileira de vela. Encontramos a Adriana Kostiw (razão da vinda da Kátia).
Em meio a muitas estórias e histórias pude compartilhar momentos de ouro, acompanhando mais e mais esta práxis tão privilegiada. Afinal, não é qualquer um que pode trabalhar de bermudas, boné e óculos escuros, sem falar de acompanhar as regatas na água.
Talvez seja isso que torne a Psicologia do Esporte tão fascinante, a emoção da competição com todas suas nuances... Não sou um grande conhecedor da vela, na verdade meus conhecimentos estão limitados aos comentários feitos durante as transmissões televisionadas dos Jogos Olímpicos. Pensando bem talvez não seja nem um pequeno conhecedor! Pode ter sido esta a razão de ter aproveitado tanto estes últimos dias.
Algo que fica claro aos olhos do leigo é o fato dos atletas terem de ficar horas aguardando a definição dos ventos. Principalmente durante esta competição os ventos não ajudaram muito, em alguns dias houveram regatas apenas na parte da tarde, sendo que as primeiras estavam marcadas para as 9h00 da manhã. Senão bastasse a incerteza do momento da prova, em alguns dias os atletas saíram do lago após o pôr do sol... Uma das regras diz que são necessárias quatro regatas para validar a competição e conforme vão acontecendo regatas os piores resultados vão sendo descartados. No começo da semana alguns atletas acreditavam que o campeonato corria o risco de não ser validado pela falta de ventos, fato que já marcou uma etapa realizada na cidade alguns anos atrás. Para algumas das pessoas envolvidas, havia até uma forçada de barra para que a etapa acontecesse.
Mas como isso tudo pode interferir no rendimento de um atleta? Todos estes fatores são fontes de estresse e ansiedade. De acordo com Weinberg e Gould(2008), tanto a importância da competição quanto a incerteza são fontes de estresse situacionais. Onde quanto maior a importância do evento, mais gerador de estresse ele será. Vale salientar que a seleção brasileira de vela conta com patrocínio do Brasdesco.
Como demorei um pouco para finalizar esta postagem não vou me alongar mais. Apenas pensem sobre como um atleta com ansiedade traço elevado, ou seja, que possui personalidade mais ansiosa pode lidar com essas longas esperas.
brços,
Tiago Duarte
Oi Tiago,
ResponderExcluirSome isto ao fato de que mesmo quando o vento aparece,em um lugar inconstante como o paranoá,ele aparece sem um padrão determinado, tornando as incertezas ainda maiores.
Isso sem falar na dificuldade em manter os níveis de concentração,durante o dia inteiro,necessários para interpretar corretamente estas variáveis em constante mudança.
E ainda lidar com o fato de que estas 11 regatas vão definir todas as condições para o futuro de uma campanha olímpica.
Realmente é um esporte fascinante de se ver e de se trabalhar.
Ainda mais quando se acompanha campeonatos regulares e depois vemos uma pré olímpica,com um clima completamente diferente e muito mais pesado em termos de estresse e ansiedade.
Abraço
Arthur
Isso mesmo Arthur,
ResponderExcluiresqueci de comentar, mas um fato que deixa os nervos à flor da pele era que os competidores só eram desclassificados após o fim da regata. No primeiro dia haviam atletas "bufando" de raiva por terem chegado em primeiro e segundo lugares mas terem sido penalizados por queimarem a largada. Em conversa com o Assessor de imprensa, ouvi cada declaração que seria impublicável!
Mais tensão e nervosismo no ar!