terça-feira, 18 de agosto de 2009

Yelena Isinbayeva

Achei muito pertinente postar este vídeo, afinal é interessante perceber o olhar que cada meio de comunicação dá ao mesmo fato. Foi refletindo sobre este viés de quem conta a história que penso sobre a importancia da formulação de boas perguntas.

Um atleta de ponta está (ou deveria) acostumado com as perfuntas básicas que dependendo do resultado normalmente aparecem. Na vitória: A quem você dedica? Em quem você está pensando? Como foi a preparação? Como você acha que o povo brasileiro está se sentindo?
Na derrota: O que foi que aconteceu? O que deu de errado? Como você explica? Estava com alguma lesão?




Mas o que me agradou neste vídeo é o fato do psicólogo... ops o repórter, ao fazer uma pergunta que sai do roteiro básico, ter utilizado uma "técnica" chamada por Milton Erickson de "truísmo" onde ele fala várias coisas óbvias: "todos querem ver vitórias, todos querem ver recordes, mas você é humana, quer falar um pouco sobre isso?"

BINGO!!! Sai a resposta pronta estilo: "A pista estava boa, o vento estava bom, tudo estava ok. Não senti nada, não estou com lesão. Eu estava concentrada, fiz como sempre faço. Entrei na disputa em 4m75 e depois tentei 4m80 porque essas são marcas que eu costumo bater com frequência em treinos."

Entra a resposta expontânea que fala do que ela está sentindo: "é claro que eu sou humana e às vezes, tenho alguns problemas privados, mas tenho de focar no esporte. Talvez hoje eu esteja pensando muito nos meus problemas. Preciso mudar isso. Mas eu vou lembrar deste dia durante toda a minha vida!"

Obrigado pela pergunta! Mostrou que mesmo uma "heroína" quase sem falhas,com 20 recordes mundiais, é humana, e que pelo próprio discurso deixa claro que poderia ter utilizado do serviço de alguns de meus amigos da Psicologia do Esporte.

Um comentário:

  1. O mito do herói é bem presente, mas atletas são humanos que erram e acertam.
    O repórter foi bem e a sua leitura da entrevista também!

    Maria Clara
    =)

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