quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Como ajudar o Haiti?

A cada notícia que vejo sobre a tragédia no Haiti me pergunto como poderia contribuir para diminuir com o sofrimento dessas pessoas. Este tipo de pergunta, ao meu ver, deveria rondar os pensamentos de psicólogos, mas é engraçado pois ao buscar a psicologia do esporte eu estava fugindo deste tipo de problema. Queria trabalhar com o rendimento, melhorar o que já é bom... não é de hoje, mas fui vendo que existem oportunidades para o Psicólogo do Esporte que transcendem (e muito) o rendimento.


Lembrei na hora do livro "Schakleton: Uma Lição de Coragem" (mais sobre o livro), talvez alguns pensem que estou forçando a barra comparando uma expedição à Antártida com uma das maiores tragédias desde século. Entretanto ler o depoimento do Secretário Geral da ONU, Ban Ki-moon, no site do Fórum Olímpico de Portugal me deu coragem de falar sobre isso. 
Ele diz:  “o desporto pode ser visto em qualquer parte do mundo. Viajei por países repletos de pobreza. Por comunidades em luta pela sobrevivência. Por lugares devastados pela guerra, onde toda a esperança parecia perdida. De repente, aparecia uma bola feita de sacos plásticos ou de jornais atados com um cordel. E víamos o desporto dar vida aos sonhos e às esperanças.”


O trecho do livro que chamou minha atenção dizia de como Sir Ernest Schakleton, utilizava o esporte (no caso futebol) para distrair seus homens da dura realidade em que estes se encontravam, evitando que perdessem as esperanças de serem resgatados. O livro ainda cita que esta era uma forma de seus marujos manterem a forma física. Fazendo uma outra leitura, esta forma de preencher os horários vagos pode ser encontrada em alguns consultórios de psicólogos cognitivos como uma "tarefa" muito útil em casos de depressão, evitando que a pessoa fique muito introspectiva e crie cenários piores do que já estão. 
Me pergunto: após estas semanas de choque inicial será atividades recreativas ou esportivas poderiam ser utilizadas como forma de "metaforizar" a possibilidade vitória? Ou apresentar novas possibilidades?


Em apresentação oral durante o II Congresso da Abrapesp sobre a utilização de bicicletas no contexto anti-manicomial, Duarte e Duarte (2009) afirmam que a bicicleta (ou qualquer outro equipamento esportivo) não faz o trabalho sozinha, há contextos onde se faz necessária a condução das atividades por pessoas capacitadas, facilitando a re-significação das reflexões geradas pelo grupo.



Mas e os equipamentos esportivos... está faltando comida no Haiti, teremos que doar bolas e afins?!?! Pensando nisso resolvi citar outro
blog, onde o colunista fala como sacolas plásticas estão virando bolas na África do Sul.


Não deixem de ler a matéria no site português e descubra por quanto foi vendida a "bola de sacos plásticos". 

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