Foi ao ar no dia 29/11 no esporte espetacular, horas antes da penúltima rodada do campeonato brasileiro. Tema realmente polêmico que deve ser tratado com cautela, afinal existem diversas variáveis que interferem no desempenho esportivo. A Dra. Kátia Rubio participa da entrevista dando contribuições importantes para a matéria.
A reportagem explica de maneira clara sobre o nível ótimo de ativação, conceito básico para quem trabalha com psicologia do esporte que pode auxiliar bastante na compreensão das razões que podem influenciar a motivação dos atletas.
Um ponto bastante discutido no meio acadêmico, em psicologia organizacional, é qual o impacto real de palestras motivacionais, conhecidas como palestras-show, no desempenho de equipes de trabalho? Ao menos nas empresas, fica claro que o efeito deste tipo de intervenção tem se mostrado dispendioso ao se levar em consideração o custo/benefício. Justamente por seus efeitos serem efêmeros e principalmente pelo "feitiço" virar contra o "feiticeiro", afinal ao "motivar", ou como gostam os adeptos deste recurso, "despertar o gigante interior" do funcionário dizendo palavras carregadas de emoção, muitas vezes se promete algo que não pode ser cumprido. No final das contas, toda a expectativa criada pode virar uma tremenda frustração.
Não pense que eu sou contra este tipo de palestra, pelo contrário, sou muito à favor se utilizada para complementar um programa bem estruturado que contemple um planejamento de médio e longo prazos.
Mas por mais que um time seja ou deva ser tratado como empresa, o desempenho que é cobrado (pela torcida e por poucos dirigentes) ocorre durante 90 minutos semanais. O que me leva a refletir...
Já que a duração do desempenho é curta este tipo de palestra em teoria seria bem interessante. Quais os riscos de utilizar esta abordagem?
Talvez uma explicação para esta pergunta esteja na forma como são conduzidas as palestras, pois se jogadores diferentes são tratados de forma diferente, por exemplo na carga de treinamento (academia) e na dieta, deve ser levado em consideração a diferente necessidade "motivacional" de cada atleta. Dando suporte individual para atletas.
Se não me engano, a Dra. Regina Brandão comenta que o Felipão não só era exímio motivador como sabia ouvir a todos da equipe. Atuando como psicóloga da seleção brasileira na época do Penta, ela identificou que determinado atleta era muito esforçado mas "sensível" a determinadas broncas. Informando isso ao Felipão, ele ficava ao lado deste atleta na hora do "puxão de orelha" enquanto falava dos pontos que deveriam ser melhor trabalhados pelo restante do grupo. Fornecendo o que cada atleta necessitava, uns acolhimento e outros feedback técnicos e táticos.
Só lembrando, "motivação" demais atrapalha. Não foi falado no programa mas a famosa curva do U invertido já postula que em determinado ponto o excesso de ativação pode causar uma queda no rendimento. Um exemplo disso é usar força desnecessária em jogadas no meio de campo e ser expulso por ter exagerado...
Já que a duração do desempenho é curta este tipo de palestra em teoria seria bem interessante. Quais os riscos de utilizar esta abordagem?
Talvez uma explicação para esta pergunta esteja na forma como são conduzidas as palestras, pois se jogadores diferentes são tratados de forma diferente, por exemplo na carga de treinamento (academia) e na dieta, deve ser levado em consideração a diferente necessidade "motivacional" de cada atleta. Dando suporte individual para atletas.
Se não me engano, a Dra. Regina Brandão comenta que o Felipão não só era exímio motivador como sabia ouvir a todos da equipe. Atuando como psicóloga da seleção brasileira na época do Penta, ela identificou que determinado atleta era muito esforçado mas "sensível" a determinadas broncas. Informando isso ao Felipão, ele ficava ao lado deste atleta na hora do "puxão de orelha" enquanto falava dos pontos que deveriam ser melhor trabalhados pelo restante do grupo. Fornecendo o que cada atleta necessitava, uns acolhimento e outros feedback técnicos e táticos.
Só lembrando, "motivação" demais atrapalha. Não foi falado no programa mas a famosa curva do U invertido já postula que em determinado ponto o excesso de ativação pode causar uma queda no rendimento. Um exemplo disso é usar força desnecessária em jogadas no meio de campo e ser expulso por ter exagerado...
Fala Tiagão beleza?
ResponderExcluirvou mandar seu blog no meu twitter, ok?
Tá mandando bem.
abraço.
Rodrigo S. Falcão.