segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Gratidão!

Dia 22 de Novembro será um dia especial em minha caminhada profissional. Na próxima quinta, um comitê com 7 doutores da Universidade de Ottawa vai se reunir e avaliar se eu continuo como estudante de mestrado ou se serei aceito no "Fast-track", ou seja, dispensado da obrigatoriedade de finalizar o mestrado para me matricular no programa de doutorado da instituição. Já pensei em escrever este post diversas vezes mas sempre achava melhor esperar a decisão do comite para escrever. Pois bem, cansei de esperar.

As sensações se misturam,  há um pouco ansiedade de saber logo a resposta, afinal isso vai ditar se eu tenho que começar a minha pesquisa e correr para terminar tudo a tempo de começar o doutorado em setembro. Mas também pode significar o  começo da preparação para o exame de compreensão (comprehensive exam). Contudo, enquanto escrevo, essa ansiedade não aflora como antes. O sentimento que transborda é de gratidão. É sobre ele que vou falar.

No mês de junho, minha orientadora Dra Diane Culver me chamou em sua sala e perguntou se eu ainda estava decidido a fazer o doutorado. Ela me perguntou isso pois tinha acompanhado de perto todas as dificuldades que eu havia passado no ano letivo que havia terminado. Eu disse que mais do que nunca tinha certeza que queria fazer o doutorado aqui em Ottawa. Após minha resposta veio o convite: "pois bem, conversando com o Dr Pierre e com a Dra Penny, pensamos e chegamos a conclusão de que não haviam razões para não te oferecer o fast-track. Você gostaria de passar direto para o doutorado?"

Quase não acreditava no que eu ouvia. Esse foi sempre um sonho, mas que com o início das aulas percebi o quão desinformado eu era, afinal menos de 10% dos alunos de doutorado entram no programa por essa porta. Além disso, não há um "processo de candidatura", é o professor que lhe convida. Uma mistura de sentimentos tomou conta de mim, um pouco de orgulho, alívio, dúvida, vaidade, medo e muita alegria. Porém perceber que estava envaidecido me deixou com medo, medo de não reconhecer as pessoas que me acompanharam nos momentos mais difíceis dessa caminhada, afinal o mestrado começara dez meses antes, mas o sonho começara em 2004. Neste período encontrei vários anjos que me guiaram durante este caminho. E se foram anjos, não poderia deixar de agradecer primeiramente a Deus por tê-los enviado!!! Foram muitas pessoas especiais que cruzaram meu caminho, mas vou me ater a apenas algumas delas que estiveram ativamente relacionadas ao período do mestrado.

Primeiramente, obrigado a você Roberta!!!! Minha amada esposa, sonhamos juntos e estamos caminhando juntos cada passo dessa jornada. Só você sabe quantas horas, dias, semanas e meses de esforço para chegar até aqui e para continuar sonhando. Obrigado por enxugar minhas lágrimas que não foram poucas. Outros anjos que cruzaram meu caminho durante o primeiro serão mencionados e resumirei um pouco de cada um entre parênteses. Um muito obrigado especial para Kara (razão), Marg (equilibrio) e Sommer (força), quando cheguei no laboratorio vocês me acolheram e ajudaram tanto de tantas formas que tenho certeza que não passaria do primeiro semestre sem o auxílio de vocês! Alguns outros colegas também foram fundamentais durante o primeiro semestre especialmente Jenny (professora), Rafael (exemplo) e Corliss (sinceridade), amigos com os quais dividi angústias e alegrias, aprendi estratégias e tácticas e para superar cada desafio. No segundo semestre mudei de laboratório e outras três pessoas fizeram com que eu apressasse o passo, Martin (profissionalismo), Rachael (trabalhadora) e Kyle (coração) me ensinaram (e continuam) o que é preciso aprender para ser um estudante de PhD. Quantas conversas, quantos aprendizados... que privilégio é dividir um escritório com vocês.


Independente do resultado de quinta-feira gostaria de agradecer a todos vocês por terem contribuído de alguma forma para que esse convite tenha sido feito. Em pensar que quase me dei por vencido e que se tivesse desistido nunca teria tido a alegria de me tornar um Tiago melhor do que o que entrou no programa. Ter sido convidado para o doutorado foi um honra que não é só minha.

Obrigado a todos!
Sinceramente,
Tiago

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Programa Rumo ao Podio

Alcançar uma medalha olímpica é o sonho de qualquer atleta. É nesse contexto que está inserido o Programa Rumo ao Pódio Olímpico, patrocinado pela Tetra Pak e implementado pelo Instituto Joaquim Cruz, em parceria com o Governo do Distrito Federal. O Programa é direcionado ao esporte de alto rendimento, referindo-se somente ao atletismo (meio fundo e fundo).
Para selecionar os 30 jovens que fazem parte do Programa, foi realizado um longo processo seletivo. A princípio, houve mais de mil jovens inscritos. Os testes consistiam em corridas de 600 metros, sendo que os jovens com os melhores tempos avançavam para as outras etapas. Ocorreu um total de quatro testes, um a cada final de semana. Então os jovens com os 50 melhores tempos, de acordo com divisões de faixa etária e de sexo, conquistaram a oportunidade de treinar durante dois meses com equipe do Programa. Naturalmente foi testada a persistência dos jovens ao longo dos testes. Alguns desafios e dificuldades foram enfrentados por eles, mas isso não fez com que eles desistissem. Essa é uma das características que definem os grandes campeões.
Antes de o treinamento iniciar, logo após a definição desses 50 atletas, houve uma reunião que envolveu a equipe do Programa, esses jovens e seus familiares. Isso teve um significado muito importante, pois realmente todos fazem parte dessa iniciativa. Foi um dia maravilhoso, no qual percebemos o significado que essa oportunidade tem para eles. Esclarecemos rapidamente o papel dos profissionais envolvidos e realizamos avaliações físicas. Destaca-se também que foi aplicado um questionário tanto para os pais como para os jovens, com a finalidade de obter informações sócio-demográficas e psicológicas. Os jovens ficaram muito entusiasmados com o começo do treinamento.
Então esse período de treinamento foi iniciado. Todos os 50 jovens e a Equipe do Programa aprenderam bastante nesses dois meses. Agora já foram definidos os 30 atletas que farão parte do Programa. Para chegarmos a essa definição, diferentes aspectos foram observados: psicológicos, sociais, físicos e técnicos. Todos esses fatores foram considerados na hora de selecionar os jovens. O Programa tem se preocupado tanto com os 30 atletas que foram selecionados, como com os 20 atletas que não foram. Outras alternativas têm sido buscadas, fazendo com que os jovens permaneçam na prática do atletismo e mantenham contato com a equipe do Programa Rumo ao Pódio Olímpico. Destaca-se que, antes da definição dos 30 atletas, houve a preocupação de preparar todos os jovens para a possibilidade de serem selecionados e também para a possibilidade de isso não acontecer. A Equipe também se preparou para esse momento de definição, que naturalmente mexe com sentimentos adquiridos durante essa convivência.
Foi muito gratificante notar o empenho dos 50 jovens ao longo desse período de dois meses treinamento. Alguns descobriram o atletismo a partir desses testes e mostraram um potencial enorme. Eles apostaram em um sonho e deram chance a uma nova possibilidade. Eles arriscaram e encararam o desafio. Os treinos foram realizados de manhã ou de tarde, de segunda a sexta. Há exemplos de jovens que acordavam 5 horas da manhã para chegar pontualmente aos treinos. Há exemplos de jovens que saíam do treino às 18 h e chegavam em casa somente às 22 h. Não é qualquer um que faz isso, principalmente quando se tem 16 anos de idade.
Um dos diferenciais do Programa é a formação de uma equipe multidisciplinar para auxiliar os atletas, contribuindo para a saúde e rendimento deles. Diversos fatores influenciam no desempenho dos atletas e é justamente por isso que essa equipe foi formada, sob a coordenação da Profa. Katia Rubio. Esses jovens serão preparados para lidar com as demandas envolvidas nos treinamentos e competições. Haverá vários desafios durante a trajetória dos atletas e eles estarão prontos para enfrentá-los.
A Psicologia do Esporte tem um importante papel na construção da mentalidade de campeão. Além de conquistar medalhas olímpicas (objetivo final), busca-se fazer com que os atletas assimilem valores relacionados à educação, ética, persistência, trabalho e respeito mútuo. O Programa não busca apenas descobrir atletas, mas principalmente desenvolvê-los. Atividades variadas serão realizadas, envolvendo atletas, a equipe técnica, a equipe multidisciplinar e também os familiares dos atletas. Tem sido fundamental a presença da Psicologia desde o início do programa, o que faz com que os atletas e a equipe técnica assimilem melhor a importância desse tipo de trabalho. A rotina de atuação tem sido estabelecida, com grande reconhecimento e aceitação dos jovens e da equipe técnica. Eles sabem que além do treinamento na pista, haverá outras atividades relacionadas à equipe multidisciplinar e que também fazem parte do treinamento. Essa será a rotina deles.
Desde já, avaliações têm sido realizadas com a finalidade de conhecermos melhor características desse grupo de atletas. No momento, as atividades têm sido desenvolvidas coletivamente, mas em breve haverá a realização também de atividades individuais. Estamos em um momento de elaboração de um planejamento anual, relacionado às ações da equipe técnica e também da equipe multidisciplinar. É claro que mudanças podem ocorrer nesses planos, mas sempre é importante definir um ponto inicial, com base nos objetivos definidos e nas fases de treinamento. O planejamento também será fundamental para a Equipe se organizar, dividindo tarefas e o tempo disponível com os atletas. A Equipe está comportando-se cada vez mais como equipe, percebendo que o compartilhamento de informações, a colaboração e a confiança mútua são fundamentais para a realização das tarefas e alcance dos objetivos.
Levando-se em conta que o Programa Rumo ao Pódio Olímpico é a longo prazo, é muito importante manter os atletas motivados ao longo desse tempo. É fundamental que eles desenvolvam satisfação pela atividade e por tudo que ela proporciona (motivação intrínseca). A Equipe tem ficado atenta às condições que fazem com que o treinamento seja mais agradável. Por exemplo, todo mês um dos treinamentos é realizado na Floresta Nacional, o que quebra a rotina e acrescenta às atividades um contato maior com a natureza.
O estabelecimento de metas também será aspecto chave para a manutenção da motivação dos jovens. Falar em medalha olímpica soa como algo muito distante se não forem estabelecidos os passos necessários para chegar até esse objetivo final. Esses degraus sucessivos serão estipulados, tendo em vista o ritmo de desenvolvimento de cada atleta.
O Programa busca a excelência. É necessário que tanto os atletas como os profissionais envolvidos não se acomodem, superando-se a cada momento. O planejamento, a avaliação constante das atividades realizadas e o aperfeiçoamento contínuo são imprescindíveis para que os objetivos sejam alcançados. Todos os integrantes da Equipe são cobrados em relação à busca por informações, tendo a responsabilidade de multiplicar o conhecimento adquirido a partir das ações realizadas. A ideia é compartilhar o que for aprendido e desenvolvido.
Para maiores informações, acesse o site do Instituto Joaquim Cruz: http://www.ijcdf.org/. Estamos também no facebook: https://www.facebook.com/podioolimpico.ijc?ref=tsLá você pode visualizar fotos e diversas informações referentes às ações realizadas até o momento. Em breve postaremos informações mais detalhadas sobre a conclusão do processo seletivo e o começo do treinamento com a equipe de 30 atletas.

Equipe do Instituto Joaquim Cruz – Programa Rumo ao Pódio Olímpico

terça-feira, 17 de julho de 2012

Curtas 17/07/2012

Basquete
Publiquei uma postagem sobre  Marcelinho Huertas  e as estratégias mentais que ele utiliza para manter seu alto nível em competições. Pois bem, ontem ele fez uma excelente exibição em jogo amistoso entre o Brasil e os Estados Unidos. O fato que me chamou atenção foi uma matéria da ESPN Brasil onde mostrava o comentarista americano referindo-se ao Marcelinho como o Steve Nash brasileiro. O comentarista elogiava o armador mas ressaltava que ele não jogaria na NBA pela excelente situação que se encontra no basquete espanhol.

Natação
Saiu uma matéria no terra sobre as mudanças de postura da natação brasileira. Enquanto em Atenas os nadadores eram autorizados a permanecer na vila olímpica após suas competições, em Pequim essa prática foi proibida para coibir a perda de foco dos atletas que ainda não haviam competido. Esse pensamento vai ao encontro do que expus na postagem sobre a tietagem do Neymar publicada há alguns dias. Bom saber que os técnicos estão aprendendo com a experiência!

Volei de praia
Na Folha de São Paulo de hoje saiu uma reportagem sobre o Crytal Palace (sede do Brasil). Entre as várias adaptações exigidas pelos dirigentes brasileiros a que nos interessa é a montagem de aparelhos 'idênticos" aos que serão utilizados pelos atletas. Por exemplo, as quadras de volei de praia utilizam a mesma areia das arenas oficiais e estão na mesma direção, ou seja, os atletas poderão treinar com a mesma posição do sol. A simulação é um tipo de estratégia comentada pelo PhD Terry Orlick em seu livro "Em busca da excelência".


Atletismo
Keila Costa foi entrevistada pela ESPN e mostrou algumas diferenças entre seus objetivos pessoais para os jogos de Atenas (participação), Pequim (final) e Londres (pódio). Já escrevi sobre metas em outras postagens, entre elas uma das que mais gostei de ter escrito é sobre o Rubens Barrichello.


Alguma matéria sobre o tema que lhe permetiu refletir? Compartilhe conosco!

Jogos de Londres e as postagens no blog

Com a proximidade dos Jogos Olímpicos de Londres o esporte começa a fazer parte do cotidiano de uma gama muito ampla de pessoas. Esse aumento de interesse, vem seguido pelo aumento da produção de conteúdo pelos veículos de comunicação. Para tentar cobrir o que vem sendo produzido pela mídia que diz respeito à Psicologia do Esporte vou utilizar uma estratégia diferente de postagens aqui no blog. Continuarei trazendo reflexões sobre matérias publicadas (com seus links), porém as postagens serão mais curtas. Espero que gostem do novo formato!

Abraços,
Tiago Duarte

Good Luck and Git’er Done in London 2012

Em 2010, o Canadá inteiro parou para celebrar os jogos de Vancouver. O Canadá estava em uma posição um tanto constrangedora pois era o único país da história a receber os jogos Olímpicos sem conquistar medalhas de ouro em seu solo (Montreal 1976). Era preciso mudar essa situação! Um sentimento de patriotismo misturado a honra ferida tomou os canadenses. Muito trabalho, organização e investimentos foram colocados para que Vancouver fosse um marco no esporte canadense. O resultado foi além do esperado. Além de liderar no quadro de medalhas o país conquistou recorde de medalhas de ouro em edições de jogos de inverno.

Após quebrar a "maldição" do ouro em casa e cravar seu nome na história dos jogos, o Canadá tem o desafio de conseguir um bom resultado nos jogos de Londres. Porém, esta é uma tarefa bem mais complicada pois quando não há neve envolvida, o resultado costuma ser mais modesto. Para dar uma forcinha para os atletas que vão ao Reino Unido neste verão europeu, o campeão Olímpico Jon Montgomery (skeleton) fez um vídeo que deve viralizar o país da folha de plátano. Espero que funcione! Afinal o país parou em há dois anos, é hora de parar novamente! Good Luck and Git’er Done in London 2012.


sábado, 14 de julho de 2012

Neymar e as Olimpíadas de Londres




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Uma matéria sobre como o Neymar irá tietar alguns dos atletas mais admirados do mundo, como Lebron James e Usain Bolt durante os jogos de Londres, me fez pensar sobre a postura de alguns atletas ao chegar a uma Olimpíada. Se por um lado temos os olímpicos com chances de medalhas com foco total na competiçāo, por outro lado a maioria dos atletas vão para participar da grande festa do esporte.
Dentre os competidores que partiram para os jogos para trazer medalhas, temos o exemplo de Jaque Silva e Sandra Pires, recompensadas com o primeiro ouro do volei de praia em Atlanta 1996. Elas alugaram uma casa próxima a uma quadra de areia para manterem os níveis de treinamento e diminuirem as distrações sofridas na vila olímpica. Para quem quiser um exemplo mais recente o César Cielo já declarou que durante os jogos olímpicos evitará ao máximo sair da rotina de treinamentos. Segundo o vídeo, César "evitará" contato com os pais,com a namorada e outros familiares que acompanharão os jogos em Londres.
Um livro que trata muito bem a quantidade de distrações sofridas pelos atletas durante este mega evento é o "Medalhistas Olímpicos" da Kátia Rúbio. São inúmeros casos de como a estrutura montada para atender os atletas pode ser um tiro no pé do desempenho esportivo. Um singelo exemplo dos perigos da vila é a disponibilidade de um Mc Donalds 24 horas onde os atletas podem "nutrirem-se" à vontade. Se lembrarmos do Pan no Rio, uma das matérias falava sobre "O recorde batido" de maior quantidade de preservativos distribuídos da história dos Panamericanos.
Mas vamos com calma, há uma grande diferença entre tietar o Usain Bolt e o Lebron e perder a linha na vila Olímpica. Entretanto essa linha pode ficar bem tênue caso não haja uma liderança firme que direcione a atenção dos atletas para o objetivo maior de uma equipe que vai brigar por medalhas.

quinta-feira, 5 de julho de 2012

III Congresso Brasileiro de Psicologia Aplicada ao Esporte e à Motricidade Humana


LOCAL: UNIP– Campus JK - Rio Preto
DATA: 06 a 08 de setembro de 2012
CONCEPÇÃO: LEPESPE - Laboratório de Estudos e Pesquisas em Psicologia do Esporte – IB – UNESP - Rio Claro-sp
ORGANIZAÇÃO: Secretaria de Esportes e Lazer de São José do Rio Preto
PARCERIA:  UNIP – Campus JK | Secretaria de Esportes e Lazer
APOIO :
- Universidade Paulista – UNIP
- Fundação de Apoio à Pesquisa e Extensão de São José do Rio Preto - FAPERP
SITE: http://psicologiadoesporte.esp.br/
APRESENTAÇÃO
Em 2012 o evento chega com algumas perspectivas diferentes e ainda mais provocativas para os interessados nesta área; com a temática “O desempenho humano e as novas tecnologias: da reflexão à prática”.
Assim, a promoção de um encontro para discutir os avanços e as novas possibilidades de intervenção no campo da Psicologia do Esporte, merece que seja realizado por meio de um evento, como o III CONGRESSO BRASILEIRO DE PSICOLOGIA APLICADA AO ESPORTE E À MOTRICIDADE HUMANA, para que possa contribuir na formação de profissionais aptos e com competência.
OBJETIVOS
- Incentivar as discussões acadêmicas e técnicas das áreas de intervenção dos profissionais da saúde, do esporte e da educação;
- Socializar conhecimentos a respeito de temas que interferem no desempenho do cidadão comum, do aluno e do esportista em seu ambiente de prática;
- Mostrar e contextualizar as interferências das novas tecnologias no desempenho esportivo e nas relações interpessoais.
- Integrar os profissionais das diferentes áreas de atuação, tendo como base a multidisciplinaridade de conteúdos e conhecimento.

HISTÓRICO
2009 - O I Congresso Brasileiro de Psicologia Aplicada ao Esporte e à Motricidade Humana foi realizado de 05 a 07 de novembro de 2009, contou com a participação de 308 participantes e com a presença do Prof. Dr Antonio Ruy Gomes da Escola de Psicologia da Universidade do Minho, da cidade de Braga, Portugal, como convidado internacional. 
2010 - O II Congresso Brasileiro de Psicologia Aplicada ao Esporte e à Motricidade Humana foi realizado de 11 a 13 de outubro de 2010 e em sua segunda edição obteve a participação 319 pessoas.

INFORMAÇÕES IMPORTANTES
Inscrições de trabalho: até as 23h59 do dia 29/07/2012
Investimento: - Profissional = R$ 100,00
                     - Estudante = R$ 50,00


Postagem feita por
Lucas Ribeiro Cecarelli
Bacharel em Educação Física pela UNESP – Rio Claro
Licenciando em Educação Física pela UNESP – Rio Claro
Membro do Laboratório de Estudos e Pesquisas em Psicologia do Esporte
Bolsista de Iniciação Científica CNPq/PIBITI
Contato: lucas_cecarelli@lepespe.com.br







Corinthians Campeão da América

Eu já sabia!!! Invicto! O Tite é (escolha seu adjetivo)... Fez com que o esquema tático blablabla... O time jogou unido, com garra... Aquela defesa do Cássio valeu a taça... O gol do Romarinho foi blablabla... E a minha preferida "o lado psicológico do Timão foi decisivo!" Após ler algumas dessas pérolas da superficialidade resolvi escrever uma postagem sobre as regras de ouro do blog futebolístico! Claro que meu blog está longe de ser referência no tema, mas é justamente isso que torna essa postagem tão pertinente. Todos (inclusive eu, se acham experts)! Como escrever um blog sobre futebol com vários hits(a razão de ser de um blog é ser lido e ter publicidade $$$): 1- Escolha um time em evidência, 1.1- Seja pelos bons resultados (torcedor adora elogio) 1.2- Seja pelos resultados negativos (o torcedor rival adora ver o outro afundando e gera polêmica) 1.3- prefira sempre a segunda opção, polêmica é traduzida em hits no seu blog 2- Felizmente no Brasil os times possuem férias tão pequenas que os jogadores não conseguem descansar, gerando espaço para críticas ferrenhas e insensatas do ponto de vista fisiológico (mas torcedor não fala o fisiologuês) entre outros (seja evasivo). 3- Não perca tempo falando de fisiologia, treinamento psicológico, ciclo de treinamento, estratégia de longo prazo (torcedor quer saber de resultado, do que acontece nos 90 ou quando muito nos 180 minutos) 3.1- os únicos casos em que tais áreas devem ser mensionadas são: o jogador aparentava cansaço - culpe o preparo físico (fisiologia contempla aspectos mais amplos, portanto use o termo preparo físico), o jogador "amarelou" - culpe o lado psicológico (treinamento psicológico é algo planejado, portanto "lado" psicológico cumpre melhor o papel), o jogador foi expulso (uma boa oportunidade para teorias da conspiração) 4- Cenários possíveis: 4.1. Time GRANDE perde de time pequeno (prato cheio!!!) 4.1.1- critique tudo (estrutura do time, gramado, altitude...) e todos(jogadores,técnico, diretoria...), se tiver um desafeto então essa é a hora. 4.1.2- aponte soluções embasadas em times da europa ( torcedores adoram se comparar com a europa!!! Infelizmente o Barcelona perdeu... Mas continua sendo o melhor comparativo) 4.1.3- menospreze o time pequeno que ganhou (mesmo sabendo que ele não é só figurante isso gera polêmica com sua pequena e fanática torcida o que gera HITS) 4.1.4. Ache um culpado!!! Use camera lenta e acha um dedo mindinho fora do lugar, mas ache o motivo da derrota! 4.2. CLÁSSICO 4.2.1- siga as etapas anteriores com o foco no perdedor ( ah como a crítica gera polêmica) 4.2.2- torça pra ter algum tipo de erro de arbitragem (polêmica), briga de torcida (lições de moral estão em alta), envolvimento com vencedores em festas com garotas de programa (garante postagem a semana toda) ou plante uma notícia (um amigo próximo do massagista do irmão do agente do Ronaldinho me confidenciou uma informação bombástica) 4.3. Time GRANDE vence/empata com time pequeno 4.3.1- levante dúvidas quango ao desempenho do time ao enfrentar um time grande 4.3.1- aponte as soluções que lhe convém 4.3.2- utilize as estratégias do clássico 4.4. FINAL de campeonato 4.4.1- utilize as frases do início da postagem rasgando elogios a todos que você criticou durante todo o torneio. 4.4.2- nessa situação não pega bem criticar o perdedor (a não ser em casos de Copa do Mundo onde o Brasil foi o perdedor, nesses casos qualquer time é time pequeno!!!) 5- REGRA DE OURO- se você não estiver sendo ofendido sua popularidade está em baixa, aumente as críticas ou melhore a pontaria ;) 6- E o Corinthians?!?! Não se preocupe com o tema da sua postagem, palavras-chave instigam os leitores e geram HITS!!! 7- Faça a lista dos 7 erros dos times perdedores (force a barra para encontrar os erros, isso gera polêmica) 8- repita o formato DESTA POSTAGEM! Aos que leram até aqui, desculpem o desabafo, mas foi até divertido! Alguma sugestão de como escrever postagens com conteúdos questionáveis?!?

terça-feira, 26 de junho de 2012

I Mostra Paulista de Psicologia do Esporte



Objetivos:
• Conhecer o desenvolvimento das práticas em Psicologia do Esporte em todo Estado de São Paulo
• Contribuir através de discussões coletivas possibilidades de atuação dos Psicólogos diante das demandas e desafios encontrados na área;
• Integrar psicólogos, estudantes e profissionais do Esporte que atuam e que pretendem atuar na Psicologia do Esporte, em todo Estado de São Paulo;
• Reunir subsídios para proposição de políticas públicas na área do esporte
• Aproximar e construir organização de uma rede de profissionais de Psicólogos no Esporte.

Público Alvo: Psicólogos, Estudantes, Profissionais ligados ás áreas das Ciências do Esporte, interessados no tema.

Data: 04 de Agosto (Sábado) de 2012
Horário: 8h00 ás 18h00
Local: Secretaria de Esporte e Turismo de São Caetano do Sul – Rua Oswaldo Cruz, 2010 – Bairro Oswaldo Cruz
Evento Gratuito com emissão de Certificado.

Programação:
Manhã
8h00 – Cadastramento e Café de Boas vindas!

9h00 ás 10h00 – Mesa de abertura
Convidados:
CRP-SP - Janaína Leslão Garcia– Conselheira e Coordenadora da Subsede do Grande ABC
Associação Brasileira de Psicologia do Esporte/Abrapesp – Presidente Simone Sanches
Instituto Sedes Sapientiae – Luciana Angelo
Núcleo Paradigma – Carla Di Pierro
Conselho Regional de Educação Física – CREF-SP – Conselheira Margarethe Anderáos
Secretaria de Esportes de São Caetano do Sul – Secretário de Esportes Gilberto Costa
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10h00 ás 12h00 – Mesa Redonda
Tema: A interdisciplinaridade no esporte
Convidados:

July Silveira - Psicóloga e Mestre em Psicologia Cognitiva pela UFSC; Membro- Fundadora da Associação Brasileira de Biofeedback e sócia-fundadora da empresa Serviço Integrado de Neurociências Aplicada e Psicologia, e co-autora da Bateria de Avaliação Cognitva Proa, utilizada pela CBT para avaliação dos tenistas confederados.
Waldir Zampronha Filho – Diretor ZAS - Saúde e Esportes, Fisiologista da Seleção Brasileira de Boxe e do C.A. Bragantino, Membro do Grupo de Estudos Técnico de Ginastica Laboral do CREF/SP.
Paulo Calçade – Jornalista, Comentarista dos canais ESPN, da Rádio Estadão/ESPN e colunista do Jornal O Estado de S. Paulo. Jornalista pós-graduado em futebol pela Escola de Educação Física e Esporte da USP, com cursos de arbitragem pela Federação Paulista de Futebol e de administração para profissionais do esporte, na FGV.

Marco Trizzi - Fisioterapeuta Formado em 2000 pela UNIABC, Pós graduado em 2002 em ortopedia e traumatologia pela FMU-SP, Fisioterapeuta especialista em avaliação e treinamento isocinético, Fisioterapeuta CBDU na Universíade de Izmir (Turquia 2005) e Chenzen (China 2011), Fisioterapeuta CBDU nos mundiais de futsal universitário Poznan (Polônia 2006), Koper (Eslovênia 2008) e Novi Sad (Sérvia 2010)

Fabiana Guerreiro - Nutricionista graduada pela Universidade Nove de Julho, Especialista em Nutrição Esportiva pela Universidade Gama Filho, Ex-Nutricionista das Categorias de Base do Futsal da S.E.Palmeiras.
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12h00 ás 12h30 – Colocação de Painéis

12h00 ás 13h30 – Almoço

TARDE
13h30 ás 13h45 – Sessão de Matroginástica - Professor Renato Pelaquim Lopes

13h45 ás 14h00 – Apresentação Artística

14h00 ás 15h30 – Apresentação de Painéis.

15h30 ás 17h00: Encontros Temáticos

Os encontros temáticos terão como objetivo reunir profissionais e estudantes a fim de partilhar experiências em torno de questões comuns apontando e produzindo propostas para o desenvolvimento e fortalecimento da área.
Temas:

1) Psicologia do Esporte e Alto Rendimento: A atuação da PE em categorias de base de esporte de alto rendimento
Coordenador: Fabíola Matarazzo
2) Psicologia do Esporte, Projetos Sociais, Direitos Humanos e Políticas Públicas.
Coordenadores: Rodrigo Falcão

3) Psicologia do Esporte, Esportes Paralímpicos e Reabilitação.
Coordenador: Renata de Morais Pereira

4) Avaliação Psicológica no Esporte e Esporte de tempo livre.
Coordenador: Evandro Peixoto

17h00 – Reunião Geral
Síntese das discussões realizadas e possíveis encaminhamentos.

18h00 – Encerramento e Apresentação Cultural
 
Realização: Conselho Regional de Psicologia – Subsede Grande ABC, Instituto SEDES SAPIENTIAE, Núcleo Paradigma.

Apoio: Secretaria de Esportes de São Caetano do Sul, CREF-SP, CELAFISCS, Diagramação: Esdras Oliveira.


Inscrições no site: www.crpsp.org.br

sexta-feira, 4 de maio de 2012

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Obrigado Mãe

Achei este vídeo tão fantástico que deixei meus trabalhos de lado para postá-lo!

Semestre passado tivemos uma aula sobre influência social onde escrevi sobre os 5 tipos de suportes que impactam na participação em atividade física ou exercícios. Após assistir o vídeo fica bem claro o papel fundamental da família na carreira esportiva de um atleta. Os cinco tipos de suporte social propostos por Will e Sinar (2000, citado em Lox, Martin-Gini & Petruzzello, 2003) são: (a) suporte emocional, (b) suporte instrumental, (c) suporte informacional, (d) "companheirismo" e (e) validação. O apoio emocional ocorre através da expressão de encorajamento, carinho, empatia e preocupação para com uma pessoa. O primeiro tipo de apoio é considerado o mais importante porque aumenta a auto-estima, reduz a ansiedade, e dá à pessoa uma sensação de conforto, aceitação e além de aumentar a auto-confiança. Apoio instrumental envolve a prestação de assistência tangível, prática que vai ajudar uma pessoa a atingir os objetivos do exercício. Suporte informacional pode ser definido como qualquer forma de conselhos, orientações, sugestões e as pessoas precisam entender melhor o processo de fazer algo. Companheirismo reflete a disponibilidade de pessoas, como amigos, membro da família ou grupo de exercícios. Finalmente, a validação consiste em comparar-se com os outros, a fim de avaliar o progresso e para confirmar que certos pensamentos, sentimentos, problemas e experiências são "normais".

Quer refletir mais sobre o tema. Confira a postagem feita pelo professor Newton Santos, publicada aqui no blog há algum tempo, em que ele discorre sobre a influência dos pais no desenvolvimento esportivo dos filhos!



domingo, 15 de abril de 2012

EU Atleta - Portal Globo

Soube há algumas semanas que o William Falcão (brasileiro Dourtorando pela McGill) está escrevendo uma coluna sobre psicologia do esporte para o Portal Globo Esporte. Conferi seu trabalho e está excelente! Escrita com objetividade e clareza, sua coluna não apenas desperta a curiosidade do leitor para buscar maiores informações sobre o assunto, mas oferece os pontos básicos para que haja uma compreensão sobre o tópico.

Confiram as últimas duas matérias:


Reabilitação Esportiva





Burnout




terça-feira, 10 de abril de 2012

CINPE 2012 - Rapidinhas

Algumas informações importantes referentes ao CINPE ou I Congresso Internacional de Psicologia do Esporte e do Exercício.

Primeiro: Os prazos para inscrições de trabalhos foi prorrogado para o dia 30 de abril.
Segundo: o pagamento do boleto bancário deve ser feito hoje para aproveitar os valores de pré-inscrição.

Nos vemos lá!

Abraços,
Tiago

quarta-feira, 28 de março de 2012

Coach Al Morrow - ECSEPS 2012

Acabo de voltar de Londres (Ontário-Canadá) onde aconteceu o ECSEPS. Lá tive oportunidade de aprender com Al Morrow um dos técnicos de remo mais respeitados do Canadá. Boa leitura.

Histórico
Al Morrow foi remador com a equipe olímpica de 1976 e se juntou à Seleção Canadense como assistente técnico da equipe masculina em 1977. Por muitos anos, o trabalho por ele desempenhado teve um papel fundamental no sucesso do remo feminino Canadense – suas atletas conquistaram quatro medalhas de ouro, uma de prata e três de bronze nos Jogos Olímpicos, além de inúmeros pódios em campeonatos mundiais. Entre suas atletas estão, Marnie McBean, Liza Kathleen, Robinson Emma, ​​Korn Alison e Thompson Lesley. Em 1999, o treinador que vive na cidade que acolheu o ECSEPS, foi reconhecido pela federação internacional de remo (FISA) como “Técnico do Ano.” Já no ano de 2006, ele foi nomeado ao “Canadian Sports Hall of Fame” uma das maiores distinções esportivas do país. Abaixo um vídeo (em inglês) contando um pouco de sua trajetória.


Lições
Um ponto em que me chamou atenção em sua palestra foi sua busca continua por conhecimento. Já comentei em outras postagens  sobre algumas pessoas, como o Dr. Robert McNeally em psicoterapia e o Dr. Robert Singer em psicologia do esporte, que me impressionaram pelo seu conhecimento e humildade. Ao meu ver Al Morrow é outro exemplo de pessoa bem sucedida que compartilham a postura de nunca se colocar como o “dono da verdade.” Ao contrário, ele apenas citou momentos em que pode aprender e desenvolver suas habilidades como técnico. 
Em particular, três momentos me chamaram atenção durante sua palestra. Primeiro, Al Morrow comentou que o avanço das ciências do esporte foi um fator imprescindível para a evolução do mesmo. Ele citou o “Summit Series,” torneio de hóquei no gelo disputado em 1972 entre os Canadenses e Soviéticos, para ilustrar como o uso de pesquisadores e novas tecnologias (em ciclos de treinamento, equipamento, etc) poderiam aumentar o rendimento esportivo. Interessante perceber como seu aprendizado não se limitou ao remo (sua modalidade). 
No segundo momento, o técnico disse que participou de congressos para treinadores onde aprendia uma coisa por dia. Gostei da quantificação, não eram diversas ideias inovadoras, era apenas UMA coisa por dia. Ele ainda fez questão de frisar como um colega, que constantemente reclamava sobre a relevância deste tipo de eventos, acabou sendo demitido e abandonando a carreira de técnico.   
Como estou estudando coach learning,  a cereja do bolo veio durante a sessão de perguntas e respostas. Eu não podia perder a chance de perguntar algo para um técnico com essa biografia. Portanto fiz um comentário e lancei minha questão: “Como alguém que atingiu tantos resultados e reconhecimento por seu trabalho, o senhor deve ter acumulado muito conhecimento. Quais áreas você acha que ainda há o que aprender? Se é que considera que ainda há o que ser aprendido?” 
Sua resposta foi contundente: “Em todas!!! O esporte evolui constantemente. Tenho que aprender constantemente.” Al Morrow ainda falou como usava consultores em diversas áreas, desde aerodinâmica...  “estamos levando barcos e atletas para túneis de vento para aprender como melhorar a aerodinâmica…” e é claro em psicologia do esporte. Continou: "Já trabalhei com diversos psicólogos do esporte, entre eles Terry Orlick (Universidade de Ottawa), Craig Hall (Universidade de Western), Natasha Welsch (Universidade de Western) e sempre aprendo algo com eles.”
Interessante notar que todos os citados eram PhD em psicologia do esporte. Talvez eu esteja trilhando o caminho certo.

quarta-feira, 21 de março de 2012

Bellucci e Federer - Uma imagem vale mais...

Fiquei um pouco surpreso ao ver na internet uma foto aonde Thomaz Bellucci, tenista Brasileiro melhor qualificado na atualidade, aparecia tendo  uma "atitude questionável." Os comentários mais leves eram duros.

Primeiramente como psicólogo, a imagem me inquietou. A foto é clara!!! E como diz o ditado, uma imagem vale mais que mil palavras.

Tentei entender quais os motivos que o levariam a ignorar o grande Federer. Minha mente de psicólogo do esporte entrou em cena e um "brainstroming" sobre possíveis hipóteses surgiu rapidamente:
- Motivação extrinsica (só o resultado importa)?
- Baixa resistência a frustração?
- Pouca resiliência?
- Outros problemas pessoais?
- Provocações extra quadra?

Meus pensamentos iam por essas e outras bandas quando me ocorreu que estava reduzindo um ser-humano complexo a imagem que é estática...

Outras hipóteses vieram à tona:
- E se o problema estivesse na MINHA interpretação da imagem?
- Será que o MEU viés sobre o que é ser um "bom" competidor influenciou na forma como interpretei a foto?
- Qual o contexto da foto?
- Existe outras informações que complementem o que estou vendo?

Como um pesquisador qualitativo, não acredito que a "verdade" seja objetiva, portanto eu precisava "construir" e buscar em outras fontes algo que me auxiliasse a compreender melhor (não encontrar a verdade) o que ocorreu.

Pois bem, fui em busca do vídeo da partida (o vídeo está abaixo das fotos)
Olha que interessante o que achei:

Pensei em narrar os acontecimentos, mas uma imagem vale...

 Foto 1
 Foto 2
 Foto 3
Foto 4










Foto 5 - Ao observar as imagens anteriores percebemos que esse não era o momento em que ele foi parabenizá-lo mas o momento em que soltava sua mão. Dúvidas?









Observe o vídeo no 3:44.


Que sirva como reflexão.

domingo, 18 de março de 2012

ECSEPS 2012

Mais um congresso aqui no hemisfério norte.

Histórico
Esta será a 16 ª edição do ECSEPS que teve sua primeira edição em 1996. Naquela época, os então estudantes de pós-graduação da Universidade de Ottawa e hoje professores Drs Natalie Durand-Bush (Universidade de Ottawa) e  Gordon Bloom (Universidade McGill) entre outros, iniciaram uma conferência voltada para estudantes que proporcionasse a oportunidade de compartilhar pesquisas e práticas aplicadas entre colegas e professores. 

Em números
O primeiro ECSEPS teve 18 apresentações orais. Em 2001, foram 47 apresentações orais. Esta edição da conferência será o maior na história da ECSEPS o programa contará com 100 apresentações orais de alunos que representam 25 universidades não só do corredor de Ontário e Quebec, mas também dos Estados Unidos, Reino Unido e Austrália. Na foto ao lado, o campus da Western University em Londres - Ontário.

Brasileiros
Falando em apresentadores que representam universidades estrangeiras, porque não falar dos Brasileiros que representam universidades Canadenses? Afinal, o Brasil será representado pelo doutorando William Falcão (Universidade McGill), e mestrandos Rafael Tedesqui (Universidade de Ottawa) e Tiago Duarte (Universidade de Ottawa).


O tema do William será "Perspectives of paralympic coaches on building team cohesion", já o Rafael apresentará sobre "Elite soccer players’ mental skills: The influence of focusing strategies on high performance" e finalmente meu tema será "Supporting learning and creating knowledge: An example of a research program Community of Practice".


Diferentemente da primeira vez em que fui (muito bem) acolhido pelos alunos da McGill, desta vez irei com os colegas da Universidade de Ottawa. O que para mim tem um significado diferente. Na primeira vez que tive o contato com o grupo da UOttawa em um congresso foi no Marrocos e fiquei impressionado com a quantidade de gente e com a qualidade dos trabalhos. Fazer parte dessa "turma" é sem dúvidas algo muito especial para mim. Das 100 apresentações, a UOttawa será resonsável por 18. É um privilégio poder compartilhar e aprender com tantos destes colegas que fazem a psicologia do esporte no Canadá.

Link com outras postagens.
ECSEPS 2011
Congresso ISSP Marrocos

sexta-feira, 9 de março de 2012

Reportagem Mulheres e Psicologia do Esporte


Muito boa a reportagem feita pelo site do SP35 (ligado ao São Paulo Futebol Clube) para o Dia Internacional das Mulheres onde a Dra Kátia Rúbio foi protagonista. A reportagem foi feliz em conduzir os leitores pelos caminhos que a Psciologia do Esporte tomou na estória pessoal da entrevistada. É interessante saber o trabalho que é feito pelo SPFC nas suas categorias de base. Ao meu ver, um ponto crucial da matéria illustra como uma equipe multidisciplinar formada por psicólogas (os) do esporte, pedagoga e assistente social busca de uma forma integral trabalhar jovens com potenciais de se tornarem atletas profissionais mas que provavelmente  após seus 40 anos serão "apenas" profissionais vinculados ou não ao esporte.

Confira a matéria em sua totalidade.

Mesmo um pouco atrasado.
Parabéns a todas a mulheres pelo seu dia!

domingo, 4 de março de 2012

Congresso SIPD 2012

Bem como estava sem postar há um bom tempo esse é o momento para atualizar os congressos que acontecerão no Brasil e aqui no Canadá. 

Nos dias 25, 26 e 27 de Outubro de 2012, São Paulo receberá o 4º Congresso da Sociedade Ibero-americana de Psicologia do Esporte (SIPD).



Inscrições de trabalhos até o dia 30 de maio de 2012. 

Uma boa oportunidade que este evento oferece é de apresentar trabalhos de diversas naturezas. Essa iniciativa privilegia não apenas os pesquisadores, mas todos os professionais (ou estudantes supervisionados) envolvidos na prática da psicologia do esporte e da atividade física. 

Ainda há a possibilidade de serem aceitos simpósios onde 3 ou 4 autores trabalhem pontos comuns.
As categorias dos trabalhos são as seguintes:
1. Simpósio
2. Apresentação Oral
2.1. Relato de Experiência
2.2. Relato de Pesquisa 
3. Pôster 

Ainda há a possibilidade de enviar trabalhos para publicação em duas revistas científicas na Revista Brasileira de Psicologia do Esporte (RBPE) ou na Revista Avances de la Psicología del Deporte en Iberoamérica, da Sociedade Ibero-americana de Psicologia do Esporte. 

Maiores informações sobre o congresso aqui. Informações sobre envio de trabalhos aqui.

Se souberem de algum outro Congresso, Seminário, Simpósio ou Workshop me avisem.  
 
Abraços,
Tiago Duarte

sábado, 3 de março de 2012

I Congressso Internacional de Psicologia do Esporte e do Exercício

Ao meu ver um encontro imperdível. Diversas Universidades e linhas de pensamento da Psicologia do Esporte trocando saberes e construindo a área.
É o que podemos esperar do I Congresso Internacional de Psicologia do Esporte e do Exercício.

Quem ainda não se programou corra pois será um oportunidade única de conhecer quem faz pesquisa em psicologia do esporte no Brasil e ainda de quebra ouvir algumas autoridades mundiais como a Dra. Joan Duda.

 Dia 10 de abril é a data limite para inscrição de trabalhos! Corram!!

 Maiores informações pelo site. http://www.cinpe.com.br/

Só me resta parabenizar aos organizadores deste grandioso evento, não desmerecendo os outros, afinal não se faz um evento sozinho, mas fiquei muito feliz de ver entre eles os amigos doutorandos João Ricardo Vissoci e Leonardo Pestillo!

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Magic Paula e Transição de Carreira

Acabo de ler uma entrevista com a Magic Paula!
Justo hoje que decidi voltar de vez ao blog, me deparei com o "depoimento" de como a psicologia a auxiliou no fim de sua carreira esportiva. Como é bom ver a psicologia (do esporte) mais próxima do lado "humano" do atleta. Afinal, como torcedores esquecemos que estes atletas são seres humanos falíveis que tem o direito, que lhes é negado, de errar.

Quantas idéias sobre o que escrever, mas se não me policiar acabo abandonando o blog pelo tempo que me consome... portanto vamos ficando por aqui.

Grande abraço!

Este é um trecho da entrevista que pode ser acessado na íntegra aqui.
Istoé - Já pensou em treinar equipes de basquete?

Magic Paula - Não. Aos 36 anos, comecei a ter algumas reações que até então não tinha. Pensava: “Putz, vou ter de viajar para jogar. Tenho de treinar, mas que saco!” Lia muito sobre a transição de carreira dos atletas ao anunciar a aposentadoria. E eu via que tinha muito atleta que se perdia, bebia, se drogava. Eu não podia incorrer nesse erro. E decidi fazer terapia para entender esse processo. Fiz dois anos de terapia para me aposentar. Como iria encarar a vida depois de 20 anos fazendo sempre a mesma coisa? Outro processo: o tempo ia passar e as gerações não iriam me reconhecer mais. Eu tinha de matar a minha identidade como jogadora, mas não a minha história. Parei de jogar em 2000, mas só fui colocar em casa quadros com fotos minhas como jogadora faz três anos.  
 
Istoé - Como era a terapia?

Magic Paula - Ia ao terapeuta duas vezes por semana. Era uma terapia do tipo causa e efeito, meio rápida. O atleta, psicologicamente falando, é muito sequelado. Ele se cobra demais, a torcida e a família o cobram demais. Ele acha que as pessoas só se aproximam porque ele é o atleta do momento. O atleta tem de se cuidar depois que parar, de preferência durante a carreira. No meu caso, a rivalidade Paula x Hortência me deixou com sequelas, me fez mal.

Outras postagens sobre transição de carreira aqui.


Jogos Paralímpicos de Londres 2012

A excitação para os Jogos Paralímpicos está aumentando com o passar dos dias. Aqui no Canadá várias associações estão preparando atividades especiais e outras iniciativas relacionadas aos jogos.

"London Calling" é uma série de vídeos em oito partes. Cada vídeo trará um aspecto do "Team Canada", revisitando a história  do basquete de cadeira de rodas do Canadá nos Jogos Paralímpicos, abordando o perfil da evolução do esporte e trazendo um olhar sob como expectativa causada por este evento alimenta sonhos e desejos em tantos atletas.


Os primeiros dois vídeos mostram como é encarado o legado do basquetebol em cadeira de rodas do Canada, dois dos mais bem sucedidos times da história do esporte Paralímpico contemporâneo e como em caminhos diferentes homens e mulheres buscam a continuar esta trajetória vitoriosa em Londres.






Este é o calendário dos próximos lançamentos.
London Calling Video Release Schedule:
· February 2012: Part I - Men’s Roster Breakdown & Part II Women’s Roster Breakdown
· March 2012: Part III - Canada’s Winning History at the Paralympics
· April 2012: Part IV – A Look at Centralization
· May 2012: Part V - A Wheelchair Basketball Retrospective
· June 2012: Part VI – Women’s Teams: Canada & the Competition
· July 2012: Part VII – Men’s Teams: Canada & Competition
· August 2012: Part VIII - London Calling Promo Video