terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Vancouver 2010


Faltam 45 dias para o início de um evento pouco falado no Brasil, mas de enorme repercussão acima da linha do Equador. Como muitos sabem (e o título da postagem sugere) os Jogos Olímpicos de Inverno serão realizados na cidade de Vancouver. Como Pequim teve Hong Kong como sede do hipismo, a cidade de Whistler receberá os esportes de montanha como esqui alpino, snowboard, entre outros.
Como há muita informação na internet vou tentar explorar a experiência que tive ao invés de apenas repetir o que vem sendo dito.
Ao menos em Park City, cidade que desempenhou o mesmo papel que Whistler em 2002, por ser uma cidade muito pequena o trânsito ficou praticamente interrompido, apenas moradores previamente cadastrados tinham acesso ao centro da cidade. Isso é claro se eles morassem nestas ruas. As principais avenidas (4 pistas, 2 para estacionar e 2 para rolagem) foram fechadas para a montagem de tendas de patrocinadores. Para ter acesso a cidade, era necessário deixar os veículos em imensos estacionamentos que foram construídos a 20 minutos do centro. Ônibus saiam de 5 em 5 minutos para os diversos locais de competições. Vale dizer que tudo funcionou muito bem!!!

Uma outra experiência inesquecível era que como os Jogos aconteceram em fevereiro de 2002, apenas 5 meses após o maior ataque terrorista da história dos Eua, podesse imaginar a tensão das autoridades para possíveis ataques. Como funcionário de um dos Resorts que recebeu competições, nosso acesso era livre para esquiar durante nosso horário de folga, mas em certos locais próximo a área de competição havia soldados armados (bem armados) com detectores de metais... não aqueles de boates, mas os de aeroportos!

Mesmo assim o clima era de muita festa e alegria! Gostaria muito de experienciar novamente toda essa energia. E foi por causa desta energia que resolvi postar sobre Vancouver. Durante a palestra do Daniel Gould em São Paulo, um dos convidados foi o Ms. Alexandre Nunes, estava com um casaco de Turino 2006. Seu comentário sobre as Olimpíadas de Inverno foi que não perderia mais nenhuma, seria voluntário em todas! Afinal participar de um grande evento esportivo pelo lado de dentro é uma oportunidade que deve ser aproveitada! Como nem todo mundo é o César Cielo para ir de Classe Executiva e tudo pago... vai a dica: Ainda estão aceitando voluntários para Vancouver 2010! Acesse o link Voluntários mas corra pois parece que é até o fim do ano!
Outra dica e que durante os Jogos tudo fica muito caro, portanto espero participar das Para-Olimpíadas de Inverno que acontecerá de 12 à 21 de março. Mas a minha expectativa é como em Congressos, primeiro envio o trabalho... caso seja aprovado verificamos a viabilidade de ir.

domingo, 27 de dezembro de 2009

Nós na São Silvestre

Pois é, logo eu que gosto de postar vídeos... vou descontando uns 4 segundos dos 15 minutos de fama.

Como estaremos em São Paulo no Reveillon, eu e Beta fomos entrevistados pela Globo em uma matéria que trata dos vários corredores de brasilienses que estarão na prova mais tradicional do Brasil.


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Uma pergunta que foi feita, mas editada, vale a pena ser transcrita aqui. Portanto lá vai...."O que fez vocês decidirem correr a São Silvestre?"
Desde pequeno eu assistia a prova quando ainda era na virada do ano, aquela quantidade de pessoas reunidas na Avenida Paulista sempre me causou fascínio, mas ir a São Paulo "só para correr" não estava em meus planos. 
Mas como o mundo dá voltas em 2007 fomos passar o Reveillon e no dia 31 à beira da piscina surge o convite: "Quem quer correr a São Silvestre? Estamos indo na pipoca!!!!"
Meus pensamentos: "Sem chances... vou chegar morto pra festa e entrar o ano quebrado!"

Neste ano, vamos para São Paulo novamente , mas desta vez somos nós quem convidaremos para a prova.

sábado, 19 de dezembro de 2009

Barcelona FC

Acabo de assistir o jogo Barcelona X Estudiantes, onde o clube catalão venceu por 2 X 1 na prorrogação. Ao final do segundo tempo, pude observar algo que já havia sido dito pelo Dr. Joaquim Dosil no II Congresso Abrapesp. Em sua palestra, Dosil, utilizou um vídeo onde o  Guardiola (técnico do Barcelona)aparece conversando ajoelhado com seus jogadores antes do início da prorrogação.


Os pontos enfatizados pelo Dosil estavam relacionados a forma de comunicação utilizada pelo técnico. Ele fica no mesmo nível dos jogadores, facilitando a compreensão, mantendo contato visual com todo seu plantel. Guardiola faz parte da roda de conversa, o que difere do técnico argentino que fica em pé e no meio da roda de jogadores, dando as costas a alguns de seus atletas por parte do tempo.
Outro ponto enfatizado foi a manutenção do foco da equipe em fazer o que eles sabem, com paciência, sem dar muitas instruções... A única instrução que ele deu foi para iniciar o jogo jogando pelas laterais para que com a troca de passes os espaços seriam criados.

Achei este outro vídeo que gostei bastante. Aparece o "dia-a-dia" do técnico com sua equipe, a forma como ele participa dos treinos e a proximidade que mantém com seus jogadores. PS: apenas estou constando um vídeo editado do técnico... não posso afirmar que ele é assim todos os dias!!!

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Gatorade e Bob Singer

Tem uma postagem que gosto muito que fala sobre a importância de falar inglês... pois é... com o convite para traduzir o Bob Singer no II Congresso da Abrapesp, ganhei várias oportnidades em que eu deveria me ambientar e conhecê-lo. Com isso pude construir uma amizade muito bacana. Já comentei ontem sobre o que penso do Dr Singer. Nesta postagem vou falar de uma curiosidade para quem gosta de esporte e de um momento que foi especial para mim no II Congresso.

Em um dos jantares com os convidados internacionais, o Bob me perguntou se eu conhecia a historia do Gatorade. Respondi que não e ele começou mais ou menos assim...
O Gatorade foi criado em 1965 , quando pesquisadores da Universidade da Flórida, onde ele é reconhecido como professor emérito, foram procurados pelo técnico da equipe de futebol americano da universidade (Os Florida Gators). Ele estava frustrado com o desempenho dos atletas de sua equipe nos momentos finais de suas partidas e pediu auxílio aos estudiosos. Dr. Cade (obrigado Wikipédia) estudou os componentes do suor e começou a desenvolver uma bebida com composição “idêntica” da combinação de sais minerais e carboidratos perdidos durante a atividade física.
O Bob disse que a bebida foi desenvolvida e que era igual ao suor, inclusive o gosto! Justamente por esta característica é que os pesquisadores começaram a misturar a nova bebida com alguns sabores e uma mistura bem sucedida foi com suco de limão. Daí a origem do nome GATOR (Flórida Gators) + ADE (LimonADE ou limonada em inglês).




Bem esta foto é a foto de um copinho do Gators que ganhei após a palestra.

Outras duas curiosidades: 1. O que a princípio era uma jogada de marketing para associar o nome da bebida ao desempenho do time, hoje já está em fase de mudança nos Estados Unidos, sendo utilizado apenas a letra G. 2. A bebida representa um ganho milionário de royalties à Universidade da Flórida que detém os direitos da bebida.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Bob Singer e as tendências em Psicologia do Esporte e do Exercício





Durante o II Congresso da Abrapesp tive a oportunidade e alegria de traduzir o Prof. Dr Robert Singer. Não foi a primeira vez que me pediram para realizar tal "trabalho", em 2008 traduzi o Prof. Dr. Daniel Gould, mas desta vez foi diferente. Claro que meu inglês estava melhor, afinal investi nesta área durante o ano de 2009... mas pelo fato da duração do evento ser de 3 dias, pude compartilhar diversos momentos preciosos ao lado de uma pessoa excepcional. 












Neste blog deixo claro que sou apaixonado pela Psicologia do Esporte e estar ao lado de pessoas que fazem tanto pela área em todo mundo é sempre entusiasmante. Desde os primeiros contatos com Bob Singer, ele demonstra ser uma pessoa muito aberta e disponível. Ao solicitar seus slides para que fossem traduzidos de antemão e me auxiliar nesta tarefa de tradução, foi muito solícito enviando-os prontamente. Nos dias que antecederam sua apresentação pude fazer várias perguntas sobre a psicologia do esporte, mas uma resposta em específico gostaria de compartilhar com os leitores do blog.


            Ao perguntar sobre qual era o futuro da psicologia do esporte, ele me respondeu: “ao meu ver, esta crise que passou deixou alguns ensinamentos importantes. Entre eles que algumas áreas são cruciais e nunca deixam de receber investimentos independentemente da situação econômica.” Um dos exemplos que ele cita é a área química, provavelmente pela influencia e força da industria farmacêutica. Continua dizendo: “a psicologia do esporte principalmente de alto rendimento é visto como algo que pode esperar se levado em consideração estas outras áreas (química, física, engenharias...)”. Não lembro ao certo quais foram suas palavras, mas ele deixa claro que uma forma de aumentar a representatividade da área a Psicologia do Esporte e do Exercício deveria focar neste último aspecto (exercício), fomentando pesquisas na área da saúde.



            Vale lembrar que esta é uma opinião de uma pessoa que foi presidente da ISSP em duas oportunidades e com uma carreira voltada em grande parte na área acadêmica, inserido num contexto americano, portanto pragmático, onde as descobertas acadêmicas devem estar alinhadas com necessidades mercadológicas. 

sábado, 12 de dezembro de 2009

Dica de Livro


HISTÓRIA DO ESPORTE NO BRASIL: DO IMPÉRIO AOS DIAS ATUAIS
EDITORA UNESP
MARY DEL PRIORE E VICTOR ANDRADE DE MELO (ORGS.)

- Especificações:
ISBN: 9788571399891
Formato: 16 x 23cm
Páginas: 566
Edição: 1ª
Ano: 2009
Acabamento: Brochura com orelhas
Com ilustrações
- Sinopse
O esporte é uma das mais importantes manifestações culturais do século XX. É um fenômeno tipicamente moderno, que tem sua configuração articulada com todas as outras dimensões sociais, culturais, econômicas e políticas: arquitetura, modus vivendis, nova dinâmica das cidades, aumento da presença dos meios de comunicações, entre outras. A construção do ideário da modernidade, seus sentidos e significados, passa também pelas peculiaridades que adquiriu a prática esportiva no decorrer do tempo. As práticas corporais sempre fazem parte do patrimônio cultural de um povo, plenamente articuladas com uma cultura específica e sendo importantes ferramentas na construção de identidades: de classe, de gênero, de etnia, ligadas à construção da ideia de nação. No caso do Brasil, isso fica acentuado pela grande presença do futebol em nossa formação
cultural, em nossa história.
Tendo em vista essas considerações, esse livro pretende lançar um olhar panorâmico sobre o objeto no país, traçando uma trajetória temporal, desde o século XIX até os dias de hoje.


- Organização da obra

* Capítulo 1 – p.13
“Jogos de cavalheiros”: as atividades físicas antes da chegada do esporte
Mary Del Priore

* Capítulo 2 – p.35
Das touradas às corridas de cavalo e regatas: primeiros momentos da configuração do campo esportivo no Brasil
Victor Andrade de Melo

* Capítulo 3 – p.71
Corpos, bicicletas e automóveis: outros esportes na transição dos séculos XIX e XX
Victor Andrade de Melo

* Capítulo 4 – p.107
A futura paixão nacional: chega o futebol
Fabio Franzini

* Capítulo 5 – p.133
Da arte e da ciência de movimentar-se: primeiros momentos da ginástica no Brasil
Carmen Lucia Soares

* Capítulo 6 – p.179
Tensões na consolidação do futebol nacional
Ricardo Pinto dos Santos

* Capítulo 7 – p.213
O esporte como política de estado: Vargas
Maurício Drumond

* Capítulo 8 – p.245
No caminho do esporte: a saga da capoeira no século XX
Carlos Eugênio Líbano Soares
Frederico José De Abreu

* Capítulo 9 – p.269
Imagens da mulher no esporte
Silvana Vilodre Goellner

* Capítulo 10 – p.293
O Brasil no cenário internacional: Jogos Olímpicos e Copas do Mundo
Plínio Labriola Negreiros

* Capítulo 11 – p.331
Esporte e escola: astúcias na “energização do caráter” dos brasileiros
Meily Assbú Linhales

* Capítulo 12 – p.359
Novas conformações do campo esportivo: os esportes na natureza
Cleber Augusto Gonçalves Dias

* Capítulo 13 – p.387
O esporte brasileiro em tempos de exceção: sob a égide da ditadura (1964-1985)
Marcus Aurelio Taborda de Oliveira

* Capítulo 14 – p.417

Os anos 1980, a juventude e os esportes radicais

Rafael Fortes

* Capítulo 15 – p.453
Futebol e identidade nacional: reflexões sobre o Brasil
Simoni Lahud Guedes

Capítulo 16 – p.481
* Esporte, globalização e negócios: o Brasil dos dias de hoje
Antônio Jorge Soares
Alexandre Fernandes Vaz

* Capítulo 17 – p.505
Globalização e espetaculo: o Brasil dos megaeventos esportivos
Gilmar Mascarenhas de Jesus

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

CBN entrevista Regina Brandão



Como os atletas podem ter controle emocional em uma rodada tão decisiva?

Entrevista com Regina Brandão, psicóloga, especialista em Psicologia do Esporte



Comentário da Regina Brandão sobre a pressão da decisão entre Grêmio e Flamengo.
Tudo bem que foi antes do jogo decisivo, mas vale a pena ver o que vem sendo dito sobre a área.
Ela comenta sobre motivação para o sucesso e para o fracasso. Mencionando que os jogadores com motivação para "fugir" do fracasso tendem a jogar com mais afinco. É utilizado o exemplo do Palmeiras e Botafogo, onde a Regina afirma que o Botafogo entraria com muito mais "garra".

Fala também sobre como o medo pode atrapalhar o desempenho, principalmente se o jogador começar a se preocupar com variáveis fora de seu alcance, como os resultados de outros jogos.




sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Reportagem sobre Motivação





Foi ao ar no dia 29/11 no esporte espetacular, horas antes da penúltima rodada do campeonato brasileiro. Tema realmente polêmico que deve ser tratado com cautela, afinal existem diversas variáveis que interferem no desempenho esportivo. A Dra. Kátia Rubio participa da entrevista dando contribuições importantes para a matéria.

A reportagem explica de maneira clara sobre o nível ótimo de ativação, conceito básico para quem trabalha com psicologia do esporte que pode auxiliar bastante na compreensão das razões que podem influenciar a motivação dos atletas.  
Um ponto bastante discutido no meio acadêmico, em psicologia organizacional, é qual o impacto real de palestras motivacionais, conhecidas como palestras-show, no desempenho de equipes de trabalho? Ao menos nas empresas, fica claro que o efeito deste tipo de intervenção tem se mostrado dispendioso ao se levar em consideração o custo/benefício. Justamente por seus efeitos serem efêmeros e principalmente pelo "feitiço" virar contra o "feiticeiro", afinal ao "motivar", ou como gostam os adeptos deste recurso, "despertar o gigante interior" do funcionário dizendo palavras carregadas de emoção, muitas vezes se promete algo que não pode ser cumprido. No final das contas, toda a expectativa criada pode virar uma tremenda frustração.
Não pense que eu sou contra este tipo de palestra, pelo contrário, sou muito à favor se utilizada para complementar um programa bem estruturado que contemple um planejamento de médio e longo prazos.
Mas por mais que um time seja ou deva ser tratado como empresa, o desempenho que é cobrado (pela torcida e por poucos dirigentes) ocorre durante 90 minutos semanais. O que me leva a refletir...


 Já que a duração do desempenho é curta este tipo de palestra em teoria seria bem interessante. Quais os riscos de utilizar esta abordagem?
Talvez uma explicação para esta pergunta esteja na forma como são conduzidas as palestras, pois se jogadores diferentes são tratados de forma diferente, por exemplo na carga de treinamento (academia) e na dieta, deve ser levado em consideração a diferente necessidade "motivacional" de cada atleta. Dando suporte individual para atletas.
Se não me engano, a Dra. Regina Brandão comenta que o Felipão não só era exímio motivador como sabia ouvir a todos da equipe. Atuando como psicóloga da seleção brasileira na época do Penta, ela identificou que determinado atleta era muito esforçado mas "sensível" a determinadas broncas. Informando isso ao Felipão, ele ficava ao lado deste atleta na hora do "puxão de orelha" enquanto falava dos pontos que deveriam ser melhor trabalhados pelo restante do grupo. Fornecendo o que cada atleta necessitava, uns acolhimento e outros feedback técnicos e táticos.

Só lembrando, "motivação" demais atrapalha. Não foi falado no programa mas a famosa curva do U invertido já postula que em determinado ponto o excesso de ativação pode causar uma queda no rendimento. Um exemplo disso  é usar força desnecessária em jogadas no meio de campo e ser expulso por ter exagerado... 


Motivação tenta controlar a mente dos atletas nos momentos mais tensos dos campeonatos




quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Monografia

Amanhã é minha mono.... portanto seja lá qual for sua religião reze por mim, ou mande uma energia positiva, boas vibrações...

Amanhã as 16h00

Portanto depois de amanhã voltam as postagens!!!!!

Abraços!