sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Psicologia do Esporte no Ciência e Profissão

Anotem bem!!!

Dia 5 de setembro
8h as 10h

MINICURSOS

  • Introdução à Psicologia do Esporte. Sala 707 - Maria Emilia, Cristiane Carvalho e Rodrigo Falcão
  • Psicologia do Esporte e Planejamento de Carreira. Sala 708 - Keila Sgobi
  • Psicologia do Esporte e Esportes Radicais. Sala 709 - Alexandre Moretti
10h30 as 12h30
SIMPÓSIO
  • Os caminhos da pesquisa sobre reabilitação cardio. Sala 717 - Luciana Ângelo
COMO EU FAÇO
  • Coordenação do Setor de Psicologia da Vila Olímpica da Mangueira. Sala 818 - Daniela Seda.
CONVERSANDO SOBRE
  • A abordagem centrada na pessoa e o ensino dos jogos desportivos coletivos. Sala 1007 - Bruno José de Mattos, Pedro Winterstein
14h as 16h
SIMPÓSIO
  • Psicologia do Esporte em Dialogo com diferentes referenciais teóricos. Sala 717 -Maria Emilia Miranda
  1. Psicologia Positiva e Psicologia do Esporte - Simone Sanches.
  2. Análise do Comportamento aplicada ao Esporte - Eduardo de Cillo.
  3. Hipnose Erickssoniana aplicada ao esporte - Daniele Seda.
COMO EU FAÇO
  • A Prática do Serviço de Psicologia nas categorias Junior e Sênior da Seleção Brasileira de Nado
Sincronizado. Sala 818 - Daniele de Lima.
  • Relação Psicóloga-Técnico: Contribuições para o desenvolvimento esportivo, emocional e profissional. Keila Sgobi, José Valerio
CONVERSANDO SOBRE
  • Preparação Psicológica no Esporte Brasileiro. Sala 1008 - Marisa Markunas.
Dia 6 de setembro

8h as 10h

MINI CURSOS

  • Como elaborar projetos de intervenção em Psicologia do Esporte. sala 706 - Daniele Seda, Adriana Amaral.
  • Treinamento Mental: Sintonizando corpo e a mente na busca da excelência esportiva. sala 707 - Simone Sanches
  • O Esporte e a inclusão social: Uma análise do filme Rádio. sala 708 - Joyce Mathias Franco
  • Psicologia do Esporte e futebol: um diálogo entre as peculiaridades da modalidade. sala 805 - Gabriel Almeida
10h30 as 12h30
CONFERÊNCIA
  • Psicologia e esporte em tempos de copa do mundo e jogos olímpicos. sala 706 - Kátia Rubio.
COMO EU FAÇO
  • Psicologia e Futebol de Formação: novos desafios. sala 818 - Daniele Muniz de Lima
  • Fatores familiares relacionados ao desenvolvimento do talento no esporte. sala 928 - Paulo Vinicius Silva
CONVERSANDO SOBRE
  • Desqualificação do atleta para a prática esportiva. sala 1007 - Luciana Ferreira Angelo
14h as 16h
SIMPÓSIO
  • A Psicologia do Esporte nos Projetos Sociais. sala  715 - Rodrigo Falcão
  • Os impactos da Psicologia do Esporte nos Projetos Sociais.  Maykell Carvalho
  • Programa de Formação e Estudo em desenvolvimento humano pelo esporte: uma história de atuaçãointerdisciplinar. Jozé Aníbal Marques
  • Encontro recorrente do educador e educando. Daniel Polo
COMO EU FAÇO
  • Acompanhamento Psicológico de atleta lesionado. sala 817 - Marisa Markunas.
  • Psicologia do Esporte e futebol feminino: Um trabalho interdisciplinar. sala 818 - Roberta da Costa`.
CONVERSANDO SOBRE
  • Projeto caminhada e corrida. sala 1007 - Luciana Ferreira Angelo.
  • Desenvolvimento do talento no esporte: uma área de múltiplas possibilidades de pesquisa. sala 1126 - Paulo Vinicius Silva.
Dia 7 de setembro

8h as 10h

MINI CURSOS

  • Como elaborar projetos de intervenção em Psicologia do Esporte. sala 706 - Daniele Seda, Adriana Amaral.
  • Treinamento Mental: Sintonizando corpo e a mente na busca da excelência esportiva. sala 707 - Simone Sanches
  • O Esporte e a inclusão social: Uma análise do filme Rádio. sala 708 - Joyce Mathias Franco
  • Psicologia do Esporte e futebol: um diálogo entre as peculiaridades da modalidade. sala 805 - Gabriel Almeida
10h30 as 12h30
SIMPÓSIO
  • Reflexões e Práticas Sobre a Relação da Psicologia com o futebol. sala 715 - Cristiane Carvalho.
  • A importância e a contribuição da psicologia para o futebol. Maria Regina Brandão.
  • Psicologia, futebol e o Jogador Brasileiro. Gabriel Puopolo Almeida.
  • Preparação Psicológica da equipe Junior do clube atlético mineiro. Paula de Paula
COMO EU FAÇO
  • A periodização psicológica no beach soccer: a conquista da seleção maranhanse do campeonato
    brasileiro de 2008. sala 818 - Maria Emília Alvares.
CONVERSANDO SOBRE
  • Considerações sobre a aplicação da psicologia do Esporte no judô. sala 1006 - Roberta Verônica Costa
14h as 16h
CONVERSANDO SOBRE
  • Fundamentos Teóricos da Intervenção em Psicologia do Esporte no clube atlético mineiro. sala 1006 - Paula da Paula.
  • Psicologia do Esporte no Brasil – Construindo sua história. sala 1007 - Cristianne Carvalho, Ana Jacó.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Palestra com Dr. Sidônio Serpa na USP

Agora é oficial com data e tudo mais.

O prof. Dr Sidônio Serpa estará na USP no dia 13 de setembro. Proferindo a palestra "Relação Treinador-Atleta e Coaching" presidente da ISSP (International Society of Sport Psychology).

Inscrições: 15,00 estudante, 30,00 abrapesp e 50,00 profissionais.
Horário: das 8:00 as 12:00

Maiores informações pelo blog da Abrapesp.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Mais eventos

Fiquem atentos, o Dr Sidônio Serpa estará na USP em setembro. De acordo com o blog da Abrapesp, ele participará de um evento que contará com a presença das Dras Regina Brandão e Kátia Rubio.

Aguardem novidades pelo blog oficial da Abrapesp e é claro por aqui!

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Renato Gaúcho seca Inter

Em 2006, senti algo estranho ao ouvir o Renato Gaúcho dizer que não queria que o Internacional de Porto Alegre fosse campeão do Título Mundial Interclubes. Vários gaúchos, todos colorados, acharam que ele não era brasileiro e que por ter sido o goleador do título interclubes gremista, ele estava com inveja do Inter.
Pois bem, no Bom dia Brasil da Rede Globo passou mais uma reportagem com o Renato em que ele dizia que iria secar o Inter no jogo contra o Chivas, mas dessa vez não achei nada de errado. Na verdade fiquei até feliz em ouvir isso. Há alguns anos atrás, observava meio incrédulo o que acontecia no futebol brasileiro, um jogador beijava as quatro camisas dos clubes cariocas, técnicos rasgavam elogios ao "Clube do Treze", essa é a melhor torcida do Brasil, esta outra é a maior, esta a mais colorida... Os chamados mercenários se proliferavam incentivados pelos próprios dirigentes que "convidavam" seus algozes com a desculpa de fortalecer o clube.
Mas peraí, Quem ou O que é o Clube?!?!

No início do século passado, as partidas serviam para verificar qual clube era o melhor. Clubes formados por associados que formavam seus times. Como associados le-se,  pessoas que pagam  uma taxa para fazer parte de uma agremiação esportiva por acreditar que esta representa sua categoria ou valores que estes compartilham. Naquele tempo os atletas vestiam as cores do clube que escolheram fazer parte, havia identificação com a camisa.
Os anos se passaram e futebo virou negócio. Vieram os mercenários, acompanhamos times inteiros que apenas usavam as cores do clube mas não possuiam nenhuma identificação com aquele grupo de pessoas.
Mas parece que agora há uma luz no fim do túnel, nas últimas temporadas os dirigentes começam a entender que é preciso mais do que craques, é preciso pessoas que representem ou pelo menos compartilhem os valores dos clubes. Talvez esta seja a razão da repatriação de ex-jogadores estar na moda. Afinal, dentre um universo de atletas tão vasto o que explicaria o Inter contratar novamente o Rafael Sobis, Tinga e Renan, o São Paulo contratar o Ricardo Oliveira entre tantos jogadores?
Nunca me imaginei dizendo isso, mas precisamos de mais Renatos Gaúcho. Pessoas que vivam o futebol com paixão pelo clube de coração. Só assim nós torcedores nos sentiremos representados integralmente pelos profissionais que vestem nossas cores.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

XIV Congresso Brasileiro de Psicologia do Esporte

É hora de preparar as malas para o XIV Congresso Brasileiro e VII Congresso Internacional de Psicologia do Esporte. Como já postei por aqui antes, este evento será realizado nos dias 18, 19, 20 e 21 de agosto de 2010 em Curitiba-PR. Ao menos para mim será bem especial, como alguns já sabem estou embarcando para o Canadá em setembro indo em busca de vários sonhos, entre eles, fazer mestrado em Psicologia do Esporte nas terras do norte. Minha expectativa era ir para Montreal ainda em agosto, por isso não apresentarei trabalhos no Congresso Psicologia: Ciência e Profissão. Portanto, minhas últimas apresentações orais em terras brasileiras em 2010 serão: MÚSICA E PSICOLOGIA DO ESPORTE e A CUSTOMIZAÇÃO DA PSICOLOGIA DO ESPORTE NO CONTEXTO PARAOLÍMPICO. O primeiro trata das pesquisas que realizei para escrever meu trabalho de conclusão de curso, já o segundo relata a experiência que tive junto a uma equipe muito especial! 
É engraçado pois já morei no frio e estou indo pro Canadá (gelado), mas ao saber que a mínima em Curitiba foi de 6 graus me deu um baita frio na barriga!!! 
Para os que ainda não tem hotel, vai a dica:
Ficarei no Lira Hotel seu ponto forte é a localização, afinal é ao lado da PUC onde será o Congresso.





Para os que vão, até quarta!
Abraços,
Tiago Duarte

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Inscrição no XIV Congresso Brasileiro de Psicologia do Esporte

Acabo de descobrir que não havia feito minha inscrição para o XIV Congresso Brasileiro de Psicologia do Esporte e VII Congresso Internacional.


Como resultado terei que desembolsar mais R$70,00. Até ai tudo bem, afinal se a falha foi minha, tenho que pagar. O que achei bem curioso é que o Congresso é organizado pelo Conselho Regional de Psicologia, mas os Psicólogos pagam mais caro que outros profissionais (vide figura).
Não entendi nada!!! Se alguém entendeu por favor me auxilie.
Até Curitiba!
Abraços,
Tiago Duarte

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Juízes de Futebol e Psicologia do Esporte

Durante a Copa da África achei esta reportagem do terra que dizia como os árbitros estavam se preparando para superar o incômodo barulho das vuvuzelas. 
De acordo com a materia foram realizadas simulações na universidade Odendaal, em Pretória. No teste, eram realizadas jogadas de ataques contra defesa, além de diversas situações de jogo. Um alto falante foi colocado no campo, produzindo som em alto volume. Dessa forma os juízes ficariam familiarizados com o barulho "irritante" das mesmas.
Agora não lembro a fonte, mas os soviéticos já utilizavam estratégia semelhante para treinar a temida seleção de volêi de décadas passadas, ao invés de auto falantes que reproduziam os sons da tão falada vuvuzela, a antiga URSS utilizava torcedores reais que gritavam todo tipo de "elogios" aos atletas para que eles treinassem seu foco atenção ao que acontece dentro e não fora de quadra.
Lembro também de uma entrevista do então Ministro dos Esportes da Rússia quando o mesmo dizia que na época da URSS era mais fácil criar Grandes Atletas, que a democracia dificultava o processo. Hoje em dia deve ser bastante difícil achar 6 ou 7 mil torcedores dispostos a gritar para treinar os atletas. Que venham os alto falantes.
Outra matéria que recebí é da Dra. Marta Magalhães de Sousa, que trabalha desde 2004 com árbitros brasileiros. Vale a pena dar uma olhada na entrevista do site apitonacional.com.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Concurso de Título de Especialista em Psicologia do Esporte

Está marcada para 5 de setembro de 2010 nova edição do Concurso para Concessão do Título de Especialista em Psicologia do Esporte e em outras nove especialidades.

Locais: Belém/PA, Belo Horizonte/MG, Brasília/DF, Campo Grande/MS, Curitiba/PR, Fortaleza/CE, Manaus/AM, Natal/ RN; Porto Alegre/RS, Recife/PE, Salvador/BA, São Paulo/SP e Vitória/ES. Em São Paulo, ocorrem durante o III Congresso Brasileiro da Psicologia (CBP).

Inscrições:
- de 27/07 a 17/08/2010 e podem ser realizadas em http://www.quadrix.org.br, onde estão disponíveis o edital e outras informações importantes para os candidatos. 

Condições para participar:
- Ser psicólogo com mais de dois anos de inscrição em Conselho Regional de Psicologia (CRP), até a data da prova;
- Estar em pleno gozo dos seus direitos;
- Deverá ter prática profissional na especialidade requerida pelo tempo mínimo de dois anos.

Notícia no Site do CFP.
Edital do concurso.

Bibliografia Indicada:
ANGELO, L. F.& RUBIO, K. Instrumentos de avaliação em Psicologia do Esporte. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2007.
BARRETO, J. A. Psicologia do esporte: para o atleta de alto rendimento. Rio de Janeiro: Shape, 2002.
BETTI, M. Educação física e sociedade. São Paulo: Editora Movimento, 1991.
BUCETA, J. M. Psicologia y lesiones deportivas: prevención y recuperacion. Madrid: Dykinson, 1996.
COELHO FILHO, C. A. A. Metamorfose de um corpo andarilho. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2006.
CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA. Código de Ética Profissional dos Psicólogos, Resolução n.º 10/05, 2005.
________. Manual de elaboração de documentos decorrentes de avaliações psicológicas. Resolução CFP n.º 007/2003, 2003.
DANTAS, E. H. M. Psicofisiologia. Rio de Janeiro: Editora Shape, 2001.
DE ROSE JR, D. Esporte e Atividade Física na infância e adolescência: uma abordagem multidisciplinar. Porto Alegre: Artmed Editora, 2002
FEIJÓ, O. Psicologia para o Esporte: Corpo & Movimento. Rio de Janeiro: Editora Shape, 2001.
FRANCO, G. S. Psicologia no esporte e na atividade física. São Paulo: Manole, 2002.
MACHADO, A. A. Educação Física no Ensino Superior: Psicologia do Esporte. São Paulo: Guanabara Koogan, 2007.
MARTIN, G.L. Consultoria em psicologia do Esporte: orientações práticas em análise do comportamento. Campinas: Instituto de Análise do Comportamento, 2001.
MORAGUÈS, J.L. Psicologia do desempenho: Corpo pulsional e corpo mocional. São Paulo: Escuta, 2003.
NEGRÃO, C.E. & BARRETTO, A.C.P. Cardiologia do exercício. Barueri, SP: Manole, 2005.
ROEDER, M.A. Atividade Física, Saúde Mental & Qualidade de Vida. Rio de Janeiro: Editora Shape, 2003.
RUBIO, K. Psicologia do Esporte: espaço de pesquisa e campo de intervenção. Cadernos de Psicologia. V. 4, n. 1, 1998.
________. Psicologia do Esporte: histórico e áreas de atuação e pesquisa. Psicologia, Ciência e Profissão. 19 (3) 60-69, 1999.
________. (org.) Psicologia do Esporte: interfaces, pesquisa e intervenção. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2000.a. 
____. (org.) Encontros e desencontros: descobrindo a Psicologia do Esporte. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2000.b.
____. O atleta e o mito do herói: o imaginário esportivo contemporâneo. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2001.
____.(org.) Psicologia do Esporte Aplicada. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2003.
____.(org.) Psicologia do Esporte: Teoria e Prática. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2003.
____. Medalhistas Olímpicos Brasileiros: história, memórias e imaginário. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2006.
____.(org.) Educação Olímpica e responsabilidade social. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2007.
SAMULSKI, D.M. Psicologia do esporte: manual para a eduação física, psicologia e fisioterapia. Barueri, SP: Editora Manole, 2002.
SANDOR, P. Técnicas de relaxamento. São Paulo: Vetor, 1982.
SILVA, F. S. Futebol libertário: um jeito novo de jogar na medida. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2007.
SOLER, A.M. Transtornos mentales em el deporte: diagnóstico, causas y prevención de la patología psíquica del deportista y el entrenador. Madrid: Ediciones Tutor, S.A., 1997.
TAVARES, O & COSTA, L.P.D. Estudos olímpicos. Rio de Janeiro: Editora Gama Filho, 1999.
VALLE, M. P. Dinâmicas de grupo aplicada à Psicologia do Esporte. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2007.
WEINBERG,R.S. & GOULD,D. Fundamentos da Psicologia do esporte e do exercício. Porto Alegre: Artemed Editora, 2a. ed, 2001.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Caso do goleiro Bruno

Nos últimos dias, vimos diversos psicólogos aparecendo na imprensa falando sobre o caso do goleiro Bruno, do Flamengo. Alguns se posicionando profissionalmente, mas outros, infelizmente, ferindo nosso código de ética e dando declarações absurdas, diagnosticando o goleiro sem conhecê-lo.
O Conselho Regional de Psicologia do Rio de Janeiro está divulgando uma carta de esclarecimento aos psicólogos com relação à sua participação na mídia, lembrando que existem regras a serem seguidas, que visam prioritariamente a credibilidade da nossa profissão e a preservação das pessoas que são vítimas desses falsos diagnósticos.
Aos psicólogos, sugiro que leiam, reflitam sobre sua prática e repassem a quem acharem de direito.
Aos que nao são psicólogos, que leiam também, para que fique esclarecido qual é o nosso papel e que o Conselho de Psicologia está atento ao bom cumprimento de nossa profissão.
A carta está logo abaixo e também disponível no site do crp: www.crprj.org.br.

AOS PSICÓLOGOS DO RIO DE JANEIRO,
O Conselho Regional de Psicologia da 5ª Região torna público seu posicionamento a respeito da ampla divulgação na imprensa de supostos psicodiagnósticos impingidos ao goleiro do Clube de Regatas Flamengo, Bruno, por parte de psicólogos. Nossas colocações estão norteadas pelo Código de Ética Profissional do Psicólogo - CEPP - (Resolução CFP nº 010/05), documento de caráter nacional que normatiza a atuação dos psicólogos.
Em seu Artigo 1º, que versa sobre os deveres fundamentais dos psicólogos, este documento diz “b) Assumir responsabilidades profissionais somente por atividades para as quais esteja capacitado pessoal, teórica e tecnicamente”. Entendemos que somente a partir de um trabalho de atendimento e/ ou acompanhamento minimamente sistemático, pode-se apontar hipóteses diagnósticas tecnicamente balizadas e que tal trabalho se dá em um processo onde interagem ambos analisador e analisado.
Sabendo que nenhum dos psicólogos que vêm tendo declarações publicadas atendeu ou acompanhou o caso em questão, afirmamos que tais afirmações não têm a consistência teórica fundamental de que necessitam para ser eticamente comprometidas e tecnicamente válidas.
Destacamos, ainda, as alíneas f e g do mesmo artigo, que versam, respectivamente: “Fornecer, a quem de direito, na prestação de serviços psicológicos, informações concernentes ao trabalho a ser realizado e ao seu objetivo profissional”; e, “Informar, a quem de direito, os resultados decorrentes da prestação de serviços psicológicos, transmitindo somente o que for necessário para a tomada de decisões que afetem o usuário ou beneficiário”. Problematizamos, dessa forma, a ampla divulgação de suposto diagnóstico de psicopatia, cuja demanda se deu a partir de uma comoção pública e não a partir do próprio sujeito em questão e/ou de órgãos competentes, como a Justiça. Ressaltamos que, quando é este último o caso, há o compromisso estrito de sigilo profissional que envolve qualquer declaração. A este respeito os artigos 9º e 10 do CEPP são categóricos:
“Art. 9º – É dever do psicólogo respeitar o sigilo profissional a fim de proteger, por meio da confidencialidade, a intimidade das pessoas, grupos ou organizações, a que tenha acesso no exercício profissional.
Art. 10 – Nas situações em que se configure conflito entre as exigências decorrentes do disposto no Art. 9º e as afirmações dos princípios fundamentais deste Código, excetuando-se os casos previstos em lei, o psicólogo poderá decidir pela quebra de sigilo, baseando sua decisão na busca do menor prejuízo.
Parágrafo único – Em caso de quebra do sigilo previsto no caput deste artigo, o psicólogo deverá restringir-se a prestar as informações estritamente necessárias”.
Especificamente a respeito de divulgação em meios de comunicação, o documento que dispõe sobre as práticas da categoria é claro e contundente:
“Art. 2º – Ao psicólogo é vedado: q) Realizar diagnósticos, divulgar procedimentos ou apresentar resultados de serviços psicológicos em meios de comunicação, de forma a expor pessoas, grupos ou organizações.”
“Art. 19 – O psicólogo, ao participar de atividade em veículos de comunicação, zelará para que as informações prestadas disseminem o conhecimento a respeito das atribuições, da base científica e do papel social da profissão”.
Visamos com esse pronunciamento orientar a categoria a respeito da importância e seriedade do compromisso com práticas eticamente comprometidas e que não firam os direitos de todos os envolvidos neste caso de grande apelo popular, assim como em quaisquer outros.
Salientamos que tanto nós, Conselho Regional de Psicologia, quanto todos os profissionais psicólogos no exercício de sua profissão devemos contribuir para o fortalecimento e ampliação do significado social da profissão, zelando pela construção da Psicologia enquanto ciência e profissão comprometida com a garantia dos Direitos Humanos. Finalizamos esse comunicado ressaltando a obrigação de todo profissional psicólogo de conhecer, divulgar e cumprir e fazer cumprir o Código de Ética Profissional do Psicólogo (Artigo 1º, alínea a, do CEPP).