Antes de começar o assunto, apenas uma observação.
Não sei se quem segue o Blog percebeu, mas as postagens diminuiram durante a Copa da África... achei que seria de pouca valia repetir o que as centenas de comentaristas diziam durante as dezenas de horas de programação diárias dedicadas a competição.
Que a Seleção Brasileira poderia ter se beneficiado do trabalho de um psicólogo do esporte isso é claro. A boa notícia é que Mano Menezes está disposto a desenvolver uma equipe multidisciplinar que conte com o auxílio de um colega da Psicologia do Esporte.
Estes são algumas falas retiradas dos sites UOL e Globo.com.
"Um dos pontos que chamou a atenção da CBF na eliminação da Seleção na última Copa do Mundo foi o descontrole emocional dos jogadores após o Brasil sofrer a virada da Holanda, nas quartas de final. A instabilidade de alguns jogadores ficou clara. Felipe Melo perdeu a cabeça, agrediu um adversário e foi expulso. Michel Bastos precisou ser substituído para não pelo mesmo caminho. O capitão Lúcio esqueceu a marcação e virou praticamente um atacante. Por isso, no organograma da nova comissão técnica, que vai ser comandada por Mano Menezes, existe a figura de um psicólogo. Um profissional que não chegou a trabalhar na seleção durante a Era Dunga."
Bom começo Mano.
Achei também este vídeo em que Mano "motiva" os internautas a jogarem bola.
terça-feira, 27 de julho de 2010
segunda-feira, 26 de julho de 2010
Iniciativas em Psicologia do Esporte do COA
O Comitê Olímpico Argentino (COA) promove iniciativas como o Cine Debates: Esporte e "Cultura de Paz ". O programa é dirigido pela Sra. Liliana Grabin, psicóloga especializada em esportes, e realizados na própria sede do COA.
Como o nome sugere, um filme relacionado ao contexto esportivo e "Cultura da Paz" é projetado. Após a exibição do filme é oferecido um serviço de café e, em seguida, desenvolvido um debate onde características especiais serão apresentadas de forma sistemática, destacando a análise de imagens, sentimentos, expectativas e objetivos. São também levantados os autores e bibliográfica que constituem o enquadramento teórico da temática do filme. Desta forma é promovido o intercâmbio sobre temas de profundo interesse para a sociedade.
O tema do mês de julho foi o Doping e as perguntas que nortearam as discussões foram: O que se ganha quando se ganha e o que se perde quando se perde? Qual é a realização do objetivo real? Qual é o preço da ambição? Qual é a diferença entre perder ou ganhar? Obsessões, frustrações e violência.
Além da entrada ser gratuita, os presentes ainda podem solicitar certificados de participação.
Para quem tiver em Buenos Aires e quiser aproveitar, segue a programação para 2010.
Programação Geral
20 de agosto - Esporte e Aspectos Culturais
Existe algum impacto dos aspectos culturais na prática de um esporte? É possível mudar o paradigma de "Ele sempre foi assim?" Esporte desafio ou desafio cultural?
17 de setembro - Bulimia e Anorexia
Patologia da exigência de "sem limites? Performance Cultura família "? Agentes de saúde ambiental e doenças fatores?
15 de outubro - Esporte e Educação
"A vocação ou dever? "Treinadores versus pais dos atletas?" É possível a transferência de aprendizagem do esporte para o estudo e para vida em sociedade?
19 de novembro - Esporte e Cultura de Paz
É possível associação para o esporte e o conceito de "Cultura de Paz? É possível transmitir os valores da paz através do esporte?
maiores informações no site oficial da COA.
segunda-feira, 19 de julho de 2010
Lionel Messi
Recebi este texto por e-mail. Achei legal compartilhar.
Ahhh, não estranhem o português lusitano! Na verdade fica até mais divertido.
É uma desforra bem pessoal, a história do menino austista aos 8 anos, anão aos 13, que via o mundo a 1,10 metros do solo. É esse mesmo, Lionel Messi, que botou corpo à base de tratamentos hormonais e que, 59 centímetros depois, encanta o mundo do futebol, naquele jeito singularíssimo de conduzir a bola colada ao genial pé esquerdo, como se o couro redondo fosse um mano siamês, uma mera extensão corporal, um órgão vital, inseparável. E Barcelona rende-se ao talento de "La Pulga". E os adversários caem aos pés de um talento puro e raro.
E por muito talento que tivesse para jogar à bola, estaria o rapaz consciente do destino glorioso que lhe estava reservado?
O miúdo de 16 anos que vestiu pela primeira vez a camisola da equipa principal do Barcelona num jogo com o F. C. Porto, a 16 de Novembro de 2003, na inauguração do Estádio do Dragão, o Lionel Messi que agora caminha sobre a água, é ainda o mesmo menino que sobrevoou o Atlântico, em 2000, para se curar de uma patologia hormonal. Lá na Argentina, na Rosário natal, os prognósticos médicos eram arrasadores: sem tratamento eficaz contra o nanismo, Lionel chegaria à idade adulta com 1,50 metros, no máximo.
Os diagnósticos alarmaram os Messi. E o custo dos curativos também: mil euros mensais, ou seja, quatro meses de rendimentos da família de La Heras, um bairro pobre de Rosário. Mas o pai de Lionel não se resignou. Sabia que o filho, pequeno no corpo, era gigante no talento. E não aceitou a fatalidade. Nessa altura, o prodígio de dez anos despontava no Newells Boys, fintando meninos com o dobro do tamanho e marcando golos atrás de golos. O pai sugeriu ao clube que pagasse os tratamentos de Lionel. A resposta foi negativa. E o mesmo sucedeu quando os Messi foram bater à porta do grande River Plate.
Na adversidade, a família Messi teve mais força, com a ajuda de uma tia de Lionel, emigrada na Catalunha. E foi assim, em 2000, ainda antes de completar 13 anos, que Lionel e os pais viajaram até Lérida. Dias depois, o pequeno prodígio foi fazer testes ao Barcelona... E com a bola quase a dar-lhe pelos joelhos, aquela habilidade enorme logo maravilhou os treinadores do Barça.
Carles Rexach, director do centro de formação do Barcelona, ficou maravilhado com o prodigiozinho argentino. Ao cabo de dois treinos, não hesitou e logo tratou de arranjar contrato. E ficou espantado com a proposta do pai do craque: o Barça só tinha de lhe pagar os tratamentos que os médicos argentinos sugeriam. Foi dito e feito.
Durante 42 meses, Lionel levou, todos os dias, injecções de somatropina, hormona de crescimento inscrita na tabela de produtos proibidos pela Agência Mundial Antidopagem e só autorizada para fins terapêuticos. Em 2003, a milagrosa hormona fizera de Lionel o que ele é hoje, um rapagão de... 1,69 metros!
No Verão de 2004, acabadinho de fazer 17 anos, e já com contrato profissional, entrou para a equipa B do Barça. Mas fez só cinco jogos, porque aquele enorme talento não cabia no "Miniestadi". Reclamava palcos maiores. E rapidamente começou a jogar no Camp Nou, na equipa principal. A 16 de Outubro de 2004, o prodígio fez a grande estreia na liga espanhola, num dérbi com o Espanhol. A 1 de Maio de 2005 entrou para a história do Barça: marcou ao Albacete e tornou-se no mais jovem jogador a marcar um golo pelo Barcelona. Aos 17 anos, dez meses e sete dias, começou a lenda.
Cinco anos depois, Messi teve a consagração absoluta. Foi eleito Melhor Jogador do Mundo de 2009, após uma época de sonho, concluída com um feito inédito do Barça "de las seis copas": campeão de Espanha, da Taça do Rei, da Supertaça Espanhola, da Supertça Europeia, da Liga dos Campeões, do Mundial de Clubes. Ufff!!!
O craque que o Barça contratou pelo custo da terapia de crescimento é, hoje, a maior jóia do futebol mundial, segurada por uma cláusula de rescisão de... 250 milhões de euros!!! E é, também, o mais bem pago de todos: o menino pobre do bairro de la Heras é, agora, multimilionário, vencendo qualquer coisa como... 33 milhões de euros anuais em salários e publicidade. Nem em contos...
Lionel Andrés Messi (mais informações aqui)
22 anos (24/06/1987)
Nacionalidade: Argentina
Palmarés: campeão espanha (2005, 2006, 2009), taça do rei (2009); supertaça espanha (2005, 2006, 2009); liga dos campeões (2006, 2009); supertaça europeia (2009); mundial de clubes (2009).
"GRANDE LIÇÃO DO PAI QUE NÃO DESISTIU DO SONHO: CURAR O FILHO."
Não se focalizou no problema mas sim na solução.
Ahhh, não estranhem o português lusitano! Na verdade fica até mais divertido.
Uma lição de vida... Lionel Messi.
Nem Cruijff nem Ronaldinho. E nem Maradona. Para os adeptos do Barça a oitava maravilha é Messi.
Eis uma história, uma lição de vida, que encanta Camp Nou.
Nem Cruijff nem Ronaldinho. E nem Maradona. Para os adeptos do Barça a oitava maravilha é Messi.
Eis uma história, uma lição de vida, que encanta Camp Nou.
É uma desforra bem pessoal, a história do menino austista aos 8 anos, anão aos 13, que via o mundo a 1,10 metros do solo. É esse mesmo, Lionel Messi, que botou corpo à base de tratamentos hormonais e que, 59 centímetros depois, encanta o mundo do futebol, naquele jeito singularíssimo de conduzir a bola colada ao genial pé esquerdo, como se o couro redondo fosse um mano siamês, uma mera extensão corporal, um órgão vital, inseparável. E Barcelona rende-se ao talento de "La Pulga". E os adversários caem aos pés de um talento puro e raro.
E por muito talento que tivesse para jogar à bola, estaria o rapaz consciente do destino glorioso que lhe estava reservado?
O miúdo de 16 anos que vestiu pela primeira vez a camisola da equipa principal do Barcelona num jogo com o F. C. Porto, a 16 de Novembro de 2003, na inauguração do Estádio do Dragão, o Lionel Messi que agora caminha sobre a água, é ainda o mesmo menino que sobrevoou o Atlântico, em 2000, para se curar de uma patologia hormonal. Lá na Argentina, na Rosário natal, os prognósticos médicos eram arrasadores: sem tratamento eficaz contra o nanismo, Lionel chegaria à idade adulta com 1,50 metros, no máximo.
Os diagnósticos alarmaram os Messi. E o custo dos curativos também: mil euros mensais, ou seja, quatro meses de rendimentos da família de La Heras, um bairro pobre de Rosário. Mas o pai de Lionel não se resignou. Sabia que o filho, pequeno no corpo, era gigante no talento. E não aceitou a fatalidade. Nessa altura, o prodígio de dez anos despontava no Newells Boys, fintando meninos com o dobro do tamanho e marcando golos atrás de golos. O pai sugeriu ao clube que pagasse os tratamentos de Lionel. A resposta foi negativa. E o mesmo sucedeu quando os Messi foram bater à porta do grande River Plate.
Na adversidade, a família Messi teve mais força, com a ajuda de uma tia de Lionel, emigrada na Catalunha. E foi assim, em 2000, ainda antes de completar 13 anos, que Lionel e os pais viajaram até Lérida. Dias depois, o pequeno prodígio foi fazer testes ao Barcelona... E com a bola quase a dar-lhe pelos joelhos, aquela habilidade enorme logo maravilhou os treinadores do Barça.
Carles Rexach, director do centro de formação do Barcelona, ficou maravilhado com o prodigiozinho argentino. Ao cabo de dois treinos, não hesitou e logo tratou de arranjar contrato. E ficou espantado com a proposta do pai do craque: o Barça só tinha de lhe pagar os tratamentos que os médicos argentinos sugeriam. Foi dito e feito.
Durante 42 meses, Lionel levou, todos os dias, injecções de somatropina, hormona de crescimento inscrita na tabela de produtos proibidos pela Agência Mundial Antidopagem e só autorizada para fins terapêuticos. Em 2003, a milagrosa hormona fizera de Lionel o que ele é hoje, um rapagão de... 1,69 metros!
No Verão de 2004, acabadinho de fazer 17 anos, e já com contrato profissional, entrou para a equipa B do Barça. Mas fez só cinco jogos, porque aquele enorme talento não cabia no "Miniestadi". Reclamava palcos maiores. E rapidamente começou a jogar no Camp Nou, na equipa principal. A 16 de Outubro de 2004, o prodígio fez a grande estreia na liga espanhola, num dérbi com o Espanhol. A 1 de Maio de 2005 entrou para a história do Barça: marcou ao Albacete e tornou-se no mais jovem jogador a marcar um golo pelo Barcelona. Aos 17 anos, dez meses e sete dias, começou a lenda.
Cinco anos depois, Messi teve a consagração absoluta. Foi eleito Melhor Jogador do Mundo de 2009, após uma época de sonho, concluída com um feito inédito do Barça "de las seis copas": campeão de Espanha, da Taça do Rei, da Supertaça Espanhola, da Supertça Europeia, da Liga dos Campeões, do Mundial de Clubes. Ufff!!!
O craque que o Barça contratou pelo custo da terapia de crescimento é, hoje, a maior jóia do futebol mundial, segurada por uma cláusula de rescisão de... 250 milhões de euros!!! E é, também, o mais bem pago de todos: o menino pobre do bairro de la Heras é, agora, multimilionário, vencendo qualquer coisa como... 33 milhões de euros anuais em salários e publicidade. Nem em contos...
Lionel Andrés Messi (mais informações aqui)
22 anos (24/06/1987)
Nacionalidade: Argentina
Palmarés: campeão espanha (2005, 2006, 2009), taça do rei (2009); supertaça espanha (2005, 2006, 2009); liga dos campeões (2006, 2009); supertaça europeia (2009); mundial de clubes (2009).
"GRANDE LIÇÃO DO PAI QUE NÃO DESISTIU DO SONHO: CURAR O FILHO."
Não se focalizou no problema mas sim na solução.
quarta-feira, 14 de julho de 2010
II CBPAEMH - 2010
O Congresso Brasileiro de Psicologia Aplicada ao Esporte e à Motricidade Humana é uma concepção do LEPESPE - Laboratório de Estudos e Pesquisa em Psicologia do Esporte da UNESP de Rio Claro e realizado com o apoio da Secretaria de Esportes de Rio Preto em parceria com as Faculdades e Universidades da Região. É um evento destinado aos estudantes e profisisonais de Educação Física, Psicologia, Pedagogia, Fisioterapia, Nutrição e demais áreas da saúde e educação com o objetivo de socializar os resultados das pesquisas mais recentes e ainda proporcionar o acesso à profissionais de renome nacional e internaciona das áreas da educação, esporte e saúde. Trata-se, portanto, de um evento multidisciplinar, com atenção a dimensão prática e acadêmica. O evento deste ano será realizado em São José do Rio Preto-SP, no Teatro da UNIP, de 13 a 16 de outubro de 2010.
Maiores informações pelo site oficial.
Maiores informações pelo site oficial.
sexta-feira, 9 de julho de 2010
Futebol como metáfora
"It's a goal" é um programa de auto desenvolvimento direcionado a jovens-adultos que estejam "sendo deixados no banco" pela vida.
Na minha primeira postagem falo sobre como nasceu a idéia do blog. Lá também comento que lendo o livro "Leading with the heart " do famoso técnico de basquetebol universitário Mike Krzyzewski, as idéias passadas transcendiam o esporte, isto é, o esporte era um instrumento de construção de valores morais.
It's a goal fala do esporte como metáfora adaptada para atender pessoas entre 16-35 anos que sofram ou tenham sofrido depressão, mas inclui também aqueles que têm pouca confiança, uma baixa opinião de si mesmos ou com dificuldades em comunicação e habilidades sociais.
A idéia é fantástica, eles contam com um programa de 11 encontros (partidas semanais) onde toda a comunicação é relacionada ao futebol. Desde o local que é ambientado o programa, afinal são utilizados instalações de clubes ingleses (entre eles o Manchester United), até os jogadores (como são chamados os participantes).
Um dado que chama atenção é a taxa de 80% de participantes que concluem o programa, bem acima da média encontrada no Reino Unido se levado em conta o público do mesmo.
Conheça mais acessando o site oficial.
Na minha primeira postagem falo sobre como nasceu a idéia do blog. Lá também comento que lendo o livro "Leading with the heart " do famoso técnico de basquetebol universitário Mike Krzyzewski, as idéias passadas transcendiam o esporte, isto é, o esporte era um instrumento de construção de valores morais.
It's a goal fala do esporte como metáfora adaptada para atender pessoas entre 16-35 anos que sofram ou tenham sofrido depressão, mas inclui também aqueles que têm pouca confiança, uma baixa opinião de si mesmos ou com dificuldades em comunicação e habilidades sociais.
A idéia é fantástica, eles contam com um programa de 11 encontros (partidas semanais) onde toda a comunicação é relacionada ao futebol. Desde o local que é ambientado o programa, afinal são utilizados instalações de clubes ingleses (entre eles o Manchester United), até os jogadores (como são chamados os participantes).
Um dado que chama atenção é a taxa de 80% de participantes que concluem o programa, bem acima da média encontrada no Reino Unido se levado em conta o público do mesmo.
Conheça mais acessando o site oficial.
sábado, 3 de julho de 2010
A Copa e os Treinadores
Belo Horizonte, 02 de julho de 2010
Caros,
Eu trabalho na área de psicologia do esporte por 38 anos no Canadá, Austrália, e agora no Brasil e eu acredito saber porque o Brasil perdeu para Holanda nas quartas de finais da Copa 2010: experiências e estilos de treinamento, empatia com os jogadores e o estado de humor de Dunga e dos jogadores brasileiros no segundo tempo do jogo de hoje.
Obviamente, comparações podem ser feitas entre os dois treinadores da América do Sul: Dunga e Maradona. Nenhum deles tem experiência em treinamento de atletas, treinamento acadêmico em Educação Física ou em ciências do treinamento, o que é comum nos países da América do Norte e Oeste Europeu.
Eles obviamente não tiveram treinamento técnico em futebol e precisam contar com suas experiências como jogadores e com seus treinadores auxiliares que tem essa experiência.
Da minha perspectiva trabalhando com times nacionais canadenses, os melhores resultados acontecem quando o treinador é academicamente treinado e aprendeu a adotar perspectivas positivas, tem preocupação, amor e respeito com seus jogadores, tem liberdade para escalar os jogadores mais jovens em competições de nível internacional e gosta de rir, abraçar e parabenizar seus jogadores, fatores que tem contribuído para o sucesso de Maradona. Eu escrevi isso antes do jogo da Argentina e Alemanha, mas depois da derrota do Brasil pela Holanda.
O mais óbvio para mim aconteceu no intervalo da partida, quando o Brasil liderava por 1 a 0. Durante o jogo e grande parte dos video clips, pudemos ver cenas de Dunga bravo, e dando socos no banco e no ar, apesar de estar ganhando de um oponente!
Na literatura de psicologia do esporte, existem indivíduos que demonstram um comportamento “tipo A”, caracterizado por um senso forte de urgência, um nível de competição excessivo e um enorme senso de hostilidade. O mais preocupante é que isso tudo aconteceu quando Brasil estava ganhando!
Na minha opinião, Dunga demonstrou seu senso de urgência, competitividade e hostilidade aos seus jogadores no vestiário durante o intervalo. Isso pode ter afetado o “humor positivo” dos jogadores e possivelmente comprometeu os seus espíritos positivos e níveis de habilidade pelo seu estado psicológico negativo durante um primeiro tempo brilhante. Isso pode ter acontecido por meio de atitudes críticas, sarcásticas e feedback inapropriado para esses jogadores multimilionários que estavam representando o Brasil.
Na língua inglesa, existe a seguinte expressão antiga: “Se você não consegue desempenhar, então ensine”. No caso de Dunga, seria mais apropriado dizer: “Se você não sabe ensinar ou treinar, deixe o cargo para alguém que saiba”. Como residente permanente no Brasil, meu coração compartilha com a organização antiquada do processo de tomada de decisão, governabilidade e controle de ambos treinadores e jogadores, mas minha razão está com Maradona, igualmente antiquado, mas que tem demonstrado um estilo positivo e humanístico de treinamento e de desenvolvimento do seu time.
John H. Salmela, Ph.D.
Professor titular, University of Ottawa, Canada
Caros,
Eu trabalho na área de psicologia do esporte por 38 anos no Canadá, Austrália, e agora no Brasil e eu acredito saber porque o Brasil perdeu para Holanda nas quartas de finais da Copa 2010: experiências e estilos de treinamento, empatia com os jogadores e o estado de humor de Dunga e dos jogadores brasileiros no segundo tempo do jogo de hoje.
Obviamente, comparações podem ser feitas entre os dois treinadores da América do Sul: Dunga e Maradona. Nenhum deles tem experiência em treinamento de atletas, treinamento acadêmico em Educação Física ou em ciências do treinamento, o que é comum nos países da América do Norte e Oeste Europeu.
Eles obviamente não tiveram treinamento técnico em futebol e precisam contar com suas experiências como jogadores e com seus treinadores auxiliares que tem essa experiência.
Da minha perspectiva trabalhando com times nacionais canadenses, os melhores resultados acontecem quando o treinador é academicamente treinado e aprendeu a adotar perspectivas positivas, tem preocupação, amor e respeito com seus jogadores, tem liberdade para escalar os jogadores mais jovens em competições de nível internacional e gosta de rir, abraçar e parabenizar seus jogadores, fatores que tem contribuído para o sucesso de Maradona. Eu escrevi isso antes do jogo da Argentina e Alemanha, mas depois da derrota do Brasil pela Holanda.
O mais óbvio para mim aconteceu no intervalo da partida, quando o Brasil liderava por 1 a 0. Durante o jogo e grande parte dos video clips, pudemos ver cenas de Dunga bravo, e dando socos no banco e no ar, apesar de estar ganhando de um oponente!
Na literatura de psicologia do esporte, existem indivíduos que demonstram um comportamento “tipo A”, caracterizado por um senso forte de urgência, um nível de competição excessivo e um enorme senso de hostilidade. O mais preocupante é que isso tudo aconteceu quando Brasil estava ganhando!
Na minha opinião, Dunga demonstrou seu senso de urgência, competitividade e hostilidade aos seus jogadores no vestiário durante o intervalo. Isso pode ter afetado o “humor positivo” dos jogadores e possivelmente comprometeu os seus espíritos positivos e níveis de habilidade pelo seu estado psicológico negativo durante um primeiro tempo brilhante. Isso pode ter acontecido por meio de atitudes críticas, sarcásticas e feedback inapropriado para esses jogadores multimilionários que estavam representando o Brasil.
Na língua inglesa, existe a seguinte expressão antiga: “Se você não consegue desempenhar, então ensine”. No caso de Dunga, seria mais apropriado dizer: “Se você não sabe ensinar ou treinar, deixe o cargo para alguém que saiba”. Como residente permanente no Brasil, meu coração compartilha com a organização antiquada do processo de tomada de decisão, governabilidade e controle de ambos treinadores e jogadores, mas minha razão está com Maradona, igualmente antiquado, mas que tem demonstrado um estilo positivo e humanístico de treinamento e de desenvolvimento do seu time.
John H. Salmela, Ph.D.
Professor titular, University of Ottawa, Canada
Assinar:
Postagens (Atom)