quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Aula particular na Salmela University

Como já havia me comprometido em outra postagem iria postar as novidades de BH.
Pois bem, passado o susto da cirurgia do Ronaldo, ela já está andando e querendo fazer mais coisas do que seria aconselhado... vamos ao tema do blog psicologia e esporte.

Antes mesmo de chegar a casa do Salmela, já tive um grande aprendizado: pegar o ônibus até a casa dele foi uma “aventura”, sabe como é iria visitar um grande professor, alguém reconhecido mundialmente pelas colaborações prestadas a área. Então, antes de chegar lá passei em um supermercado e comprei um presente. Se há algo que aprendi na ultima visita a sua casa foi atentar-me que esta havia sido uma das primeiras vezes que fui recebido na casa de um de meus professores, e isso que ele nem era meu professor.
Sai do VerdeMar (supermercado), após saciar minha vontade de comer sushi... fui até ao ponto de ônibus esperar o 2004-Bandeirantes, após esperar quase 30 minutos, lá vem o “baú”. Entrei e resolvi sentar na parte da frente. Antes de solicitar ao cobrador para avisar-me quando chegasse próximo do meu ponto, o ônibus parou e começaram a entra “alguns” torcedores do Clube Atlético Mineiro, ou seja, membros da Galoucura, para deixar mais leve a entrada deles no ônibus, havia policiais na parada de ônibus fazendo uma espécie de escolta.
Eu vestindo minha melhor camisa pólo, meu relógio novo, tênis novo e carregando um vinho! Enquanto isso vários torcedores ainda tímidos começam a pular a roleta e passar “juntos” para pagar uma passagem. Até então havia pensado em descer e pegar um taxi, mas eles ainda não eram tantos. Eu disse: “Ainda”, isso mesmo não deu 10 minutos e o ônibus foi infestado por torcedores da Galoucura, mas infelizmente o clima já não era mais tão leve, pois com a primeira “turma” vieram os gritos de guerra exaltando o Atlético, e é claro xingando os outros, parece que ao entrarem mais torcedores também da Galoucura, mas sem tanta afinidade deixou estes torcedores mais agressivos xingando mais as pessoas de fora, pulando mais a catraca e cantando menos.
Foi engraçado ter que ficar tranqüilo para não dar bandeira, mas é realmente uma situação desagradável.
Cheguei a casa do John. Entreguei o vinho que foi logo aberto para acompanhar a cervejinha que eu e a Luci estávamos compartilhando. Logo a conversa foi se encaminhando para um livro em especial. O “The World Sport Psychology Sourcebook” by John Henry Salmela. Ele começou a explicar que este livro foi escrito durante uma ano sabático que ele tirou da Universidade, viajando por 31 países pesquisando e descrevendo como estava área em diversos países do mundo. Hoje existem 4 edições tendo o John como autor de duas. O que torna este encontro único é o fato deste livro ter sido publicado em 1981 e escrito no ano de 1980, com detalhes de número de psicólogos do esporte em cada um dos países pesquisados. Por exemplo a India tinha 1 psicólogo do esporte nesta data e o começo do capitulo dizia que era o país no mundo com a menor taxa de profissionais por habitantes (600 milhões na época).
Um ponto crucial (para mim) do livro foi o fato do John ter utilizado a metáfora da bala de menta onde o frescor capaz de tirar o mau-hálito e o gostinho doce de uma bala seriam complementares. Com isso ele criou o Carl Le Fong, sua parte alter-ego que estaria presente ao longo do livro para contrabalancear o lado científico da publicação. O resultado foi uma obra única em termos de originalidade e de vanguardismo, mapeando pela primeira vez na história como andava a psicologia do esporte ao redor do globo.
No capitulo que se refere aos Estados Unidos, “Carl” explica como este livro deveria honrar o nome, World Sport Psychology, mas não no sentido americano da palavra “World”, onde o “World Series of Baseball” é a final do campeonato com times Americanos e Canadenses. Algo que não está no livro, mas me foi explicado que a origem do “World Series” foi por causa de uma revista americana chamada “World of Sports”.

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