segunda-feira, 4 de maio de 2009

Disputa de Pênaltis

Tenho uma opinião bem definida quando se trata de preparo psicológico para a disputa de pênaltis.

Mas antes de contar qual minha opinião, gostaria de discorrer um pouco mais sobre o que antecede este momento.


 

Geralmente os campeonatos onde existe a regra de disputa de pênaltis, são também conhecidos pelos jogos mata-matas! Normalmente estes jogos são disputados em fases de confronto direto (quartas, semi ou finais) onde apenas uma das equipes envolvidas passa para próxima fase ou então se sagra campeã. Portanto, podemos supor uma provável carga emocional elevada, afinal a permanência da equipe na competição depende deste jogo.

Bem, vamos narrar o possível cenário de um jogo destes. O jogo escolhido foi a final do campeonato carioca de 2009.

Antes do jogo, o técnico rubro-negro, Cuca, amarga a "síndrome do vice", como é chamada sua participação nas duas últimas finais do campeonato carioca comandando o Botafogo (vice em ambas ocasiões).

Ao caminhar no túnel que dá acesso ao estádio do Maracanã, o jogador ouve um coro entoado por 78.393 amantes do futebol que vibraram o campeonato inteiro, trocaram provocações assistiram ao duelo além de desembolsarem R$ 1.989.415.

O Flamengo sai na frente com Kleberson, de cabeça, e amplia novamente com o pentacampeão do mundo, cobrando falta. O segundo tempo inicia com um pênalti marcado aos 2 minutos, tudo o que o Botafogo precisava, isto é, um gol para diminuir a vantagem do rival, porém entra a figura da pessoa chave desta postagem, o goleiro, ele que deve decidir o que fazer neste momento... peraí, mas que momento é este. Afinal o pênalti marcado durante o jogo tem uma carga emocional bem distinta da disputa final. Mas vamos seguindo a narração, Bruno defende o primeiro pênalti cobrado do dia, mas o Botafogo não se entrega, é melhor e consegue empatar com Juninho e Túlio Souza.

Após correr 90 minutos extremamente desgastantes, 5 jogadores são escolhidos para dar mais um chute! Para o momento que poderá coroar todo o trabalho ou afundar o barco!

Tendo discorrido sobre o jogo no tempo normal... chegou o momento de dar meus pitacos.

Alguns dizem que o batedor tem toda a responsabilidade de acertar é fato, o goleiro está sendo "metralhado" e se pegar vira herói. Portanto onde deve ser o foco? No jogador que te apenas uma oportunidade de fazer ou no goleiro que tem 5 oportunidades de pegar?

Já ficou provado que o goleiro não pega bola bem batida!!! Apenas aquelas mal cobradas, ou seja, fracas à meia altura e chutadas ao centro do arco.

Então, se o goleiro não pega penalidades bem cobradas, não seria melhor "aguardar" o cobrador chutar, mesmo correndo o risco de chegar atrasado à bola, do que escolher o canto?

Afinal, se o goleiro espera a bola ser chutada, a probabilidade dele acertar o canto aumenta, aumentando também a tensão em cima do cobrador que percebe que o goleiro sempre "acerta" o canto, forçando-o a chutar a bola ainda mais forte e melhor colocada, aumenta por isso a probabilidade deste errar o chute.

Essa estratégia ainda possibilita que o goleiro pegue aqueles chutes no meio do gol!

Gostei de como o repórter da ESPN relatou o fato:

"Nas cobranças de pênaltis, Leandro Guerreiro e Juninho desperdiçaram e o Flamengo enfim conquistou o tricampeonato estadual."

Isto mostra a obrigatoriedade do batedor converter o que facilita o trabalho do goleiro nestas situações... afinal, ninguém reclamou que o goleiro do Botafogo desperdiçou a cobrança do Léo Moura, que bateu uma bola no centro do gol, sendo que esta defesa poderia significar um outro fim para esta história.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Por favor deixe seu e-mail para que possa contactá-lo! Obrigado por deixar sua opinião.