quarta-feira, 18 de abril de 2012

Obrigado Mãe

Achei este vídeo tão fantástico que deixei meus trabalhos de lado para postá-lo!

Semestre passado tivemos uma aula sobre influência social onde escrevi sobre os 5 tipos de suportes que impactam na participação em atividade física ou exercícios. Após assistir o vídeo fica bem claro o papel fundamental da família na carreira esportiva de um atleta. Os cinco tipos de suporte social propostos por Will e Sinar (2000, citado em Lox, Martin-Gini & Petruzzello, 2003) são: (a) suporte emocional, (b) suporte instrumental, (c) suporte informacional, (d) "companheirismo" e (e) validação. O apoio emocional ocorre através da expressão de encorajamento, carinho, empatia e preocupação para com uma pessoa. O primeiro tipo de apoio é considerado o mais importante porque aumenta a auto-estima, reduz a ansiedade, e dá à pessoa uma sensação de conforto, aceitação e além de aumentar a auto-confiança. Apoio instrumental envolve a prestação de assistência tangível, prática que vai ajudar uma pessoa a atingir os objetivos do exercício. Suporte informacional pode ser definido como qualquer forma de conselhos, orientações, sugestões e as pessoas precisam entender melhor o processo de fazer algo. Companheirismo reflete a disponibilidade de pessoas, como amigos, membro da família ou grupo de exercícios. Finalmente, a validação consiste em comparar-se com os outros, a fim de avaliar o progresso e para confirmar que certos pensamentos, sentimentos, problemas e experiências são "normais".

Quer refletir mais sobre o tema. Confira a postagem feita pelo professor Newton Santos, publicada aqui no blog há algum tempo, em que ele discorre sobre a influência dos pais no desenvolvimento esportivo dos filhos!



domingo, 15 de abril de 2012

EU Atleta - Portal Globo

Soube há algumas semanas que o William Falcão (brasileiro Dourtorando pela McGill) está escrevendo uma coluna sobre psicologia do esporte para o Portal Globo Esporte. Conferi seu trabalho e está excelente! Escrita com objetividade e clareza, sua coluna não apenas desperta a curiosidade do leitor para buscar maiores informações sobre o assunto, mas oferece os pontos básicos para que haja uma compreensão sobre o tópico.

Confiram as últimas duas matérias:


Reabilitação Esportiva





Burnout




terça-feira, 10 de abril de 2012

CINPE 2012 - Rapidinhas

Algumas informações importantes referentes ao CINPE ou I Congresso Internacional de Psicologia do Esporte e do Exercício.

Primeiro: Os prazos para inscrições de trabalhos foi prorrogado para o dia 30 de abril.
Segundo: o pagamento do boleto bancário deve ser feito hoje para aproveitar os valores de pré-inscrição.

Nos vemos lá!

Abraços,
Tiago

quarta-feira, 28 de março de 2012

Coach Al Morrow - ECSEPS 2012

Acabo de voltar de Londres (Ontário-Canadá) onde aconteceu o ECSEPS. Lá tive oportunidade de aprender com Al Morrow um dos técnicos de remo mais respeitados do Canadá. Boa leitura.

Histórico
Al Morrow foi remador com a equipe olímpica de 1976 e se juntou à Seleção Canadense como assistente técnico da equipe masculina em 1977. Por muitos anos, o trabalho por ele desempenhado teve um papel fundamental no sucesso do remo feminino Canadense – suas atletas conquistaram quatro medalhas de ouro, uma de prata e três de bronze nos Jogos Olímpicos, além de inúmeros pódios em campeonatos mundiais. Entre suas atletas estão, Marnie McBean, Liza Kathleen, Robinson Emma, ​​Korn Alison e Thompson Lesley. Em 1999, o treinador que vive na cidade que acolheu o ECSEPS, foi reconhecido pela federação internacional de remo (FISA) como “Técnico do Ano.” Já no ano de 2006, ele foi nomeado ao “Canadian Sports Hall of Fame” uma das maiores distinções esportivas do país. Abaixo um vídeo (em inglês) contando um pouco de sua trajetória.


Lições
Um ponto em que me chamou atenção em sua palestra foi sua busca continua por conhecimento. Já comentei em outras postagens  sobre algumas pessoas, como o Dr. Robert McNeally em psicoterapia e o Dr. Robert Singer em psicologia do esporte, que me impressionaram pelo seu conhecimento e humildade. Ao meu ver Al Morrow é outro exemplo de pessoa bem sucedida que compartilham a postura de nunca se colocar como o “dono da verdade.” Ao contrário, ele apenas citou momentos em que pode aprender e desenvolver suas habilidades como técnico. 
Em particular, três momentos me chamaram atenção durante sua palestra. Primeiro, Al Morrow comentou que o avanço das ciências do esporte foi um fator imprescindível para a evolução do mesmo. Ele citou o “Summit Series,” torneio de hóquei no gelo disputado em 1972 entre os Canadenses e Soviéticos, para ilustrar como o uso de pesquisadores e novas tecnologias (em ciclos de treinamento, equipamento, etc) poderiam aumentar o rendimento esportivo. Interessante perceber como seu aprendizado não se limitou ao remo (sua modalidade). 
No segundo momento, o técnico disse que participou de congressos para treinadores onde aprendia uma coisa por dia. Gostei da quantificação, não eram diversas ideias inovadoras, era apenas UMA coisa por dia. Ele ainda fez questão de frisar como um colega, que constantemente reclamava sobre a relevância deste tipo de eventos, acabou sendo demitido e abandonando a carreira de técnico.   
Como estou estudando coach learning,  a cereja do bolo veio durante a sessão de perguntas e respostas. Eu não podia perder a chance de perguntar algo para um técnico com essa biografia. Portanto fiz um comentário e lancei minha questão: “Como alguém que atingiu tantos resultados e reconhecimento por seu trabalho, o senhor deve ter acumulado muito conhecimento. Quais áreas você acha que ainda há o que aprender? Se é que considera que ainda há o que ser aprendido?” 
Sua resposta foi contundente: “Em todas!!! O esporte evolui constantemente. Tenho que aprender constantemente.” Al Morrow ainda falou como usava consultores em diversas áreas, desde aerodinâmica...  “estamos levando barcos e atletas para túneis de vento para aprender como melhorar a aerodinâmica…” e é claro em psicologia do esporte. Continou: "Já trabalhei com diversos psicólogos do esporte, entre eles Terry Orlick (Universidade de Ottawa), Craig Hall (Universidade de Western), Natasha Welsch (Universidade de Western) e sempre aprendo algo com eles.”
Interessante notar que todos os citados eram PhD em psicologia do esporte. Talvez eu esteja trilhando o caminho certo.

quarta-feira, 21 de março de 2012

Bellucci e Federer - Uma imagem vale mais...

Fiquei um pouco surpreso ao ver na internet uma foto aonde Thomaz Bellucci, tenista Brasileiro melhor qualificado na atualidade, aparecia tendo  uma "atitude questionável." Os comentários mais leves eram duros.

Primeiramente como psicólogo, a imagem me inquietou. A foto é clara!!! E como diz o ditado, uma imagem vale mais que mil palavras.

Tentei entender quais os motivos que o levariam a ignorar o grande Federer. Minha mente de psicólogo do esporte entrou em cena e um "brainstroming" sobre possíveis hipóteses surgiu rapidamente:
- Motivação extrinsica (só o resultado importa)?
- Baixa resistência a frustração?
- Pouca resiliência?
- Outros problemas pessoais?
- Provocações extra quadra?

Meus pensamentos iam por essas e outras bandas quando me ocorreu que estava reduzindo um ser-humano complexo a imagem que é estática...

Outras hipóteses vieram à tona:
- E se o problema estivesse na MINHA interpretação da imagem?
- Será que o MEU viés sobre o que é ser um "bom" competidor influenciou na forma como interpretei a foto?
- Qual o contexto da foto?
- Existe outras informações que complementem o que estou vendo?

Como um pesquisador qualitativo, não acredito que a "verdade" seja objetiva, portanto eu precisava "construir" e buscar em outras fontes algo que me auxiliasse a compreender melhor (não encontrar a verdade) o que ocorreu.

Pois bem, fui em busca do vídeo da partida (o vídeo está abaixo das fotos)
Olha que interessante o que achei:

Pensei em narrar os acontecimentos, mas uma imagem vale...

 Foto 1
 Foto 2
 Foto 3
Foto 4










Foto 5 - Ao observar as imagens anteriores percebemos que esse não era o momento em que ele foi parabenizá-lo mas o momento em que soltava sua mão. Dúvidas?









Observe o vídeo no 3:44.


Que sirva como reflexão.

domingo, 18 de março de 2012

ECSEPS 2012

Mais um congresso aqui no hemisfério norte.

Histórico
Esta será a 16 ª edição do ECSEPS que teve sua primeira edição em 1996. Naquela época, os então estudantes de pós-graduação da Universidade de Ottawa e hoje professores Drs Natalie Durand-Bush (Universidade de Ottawa) e  Gordon Bloom (Universidade McGill) entre outros, iniciaram uma conferência voltada para estudantes que proporcionasse a oportunidade de compartilhar pesquisas e práticas aplicadas entre colegas e professores. 

Em números
O primeiro ECSEPS teve 18 apresentações orais. Em 2001, foram 47 apresentações orais. Esta edição da conferência será o maior na história da ECSEPS o programa contará com 100 apresentações orais de alunos que representam 25 universidades não só do corredor de Ontário e Quebec, mas também dos Estados Unidos, Reino Unido e Austrália. Na foto ao lado, o campus da Western University em Londres - Ontário.

Brasileiros
Falando em apresentadores que representam universidades estrangeiras, porque não falar dos Brasileiros que representam universidades Canadenses? Afinal, o Brasil será representado pelo doutorando William Falcão (Universidade McGill), e mestrandos Rafael Tedesqui (Universidade de Ottawa) e Tiago Duarte (Universidade de Ottawa).


O tema do William será "Perspectives of paralympic coaches on building team cohesion", já o Rafael apresentará sobre "Elite soccer players’ mental skills: The influence of focusing strategies on high performance" e finalmente meu tema será "Supporting learning and creating knowledge: An example of a research program Community of Practice".


Diferentemente da primeira vez em que fui (muito bem) acolhido pelos alunos da McGill, desta vez irei com os colegas da Universidade de Ottawa. O que para mim tem um significado diferente. Na primeira vez que tive o contato com o grupo da UOttawa em um congresso foi no Marrocos e fiquei impressionado com a quantidade de gente e com a qualidade dos trabalhos. Fazer parte dessa "turma" é sem dúvidas algo muito especial para mim. Das 100 apresentações, a UOttawa será resonsável por 18. É um privilégio poder compartilhar e aprender com tantos destes colegas que fazem a psicologia do esporte no Canadá.

Link com outras postagens.
ECSEPS 2011
Congresso ISSP Marrocos