Muita coisa aconteceu desde que comecei a escrever este blog em fevereiro de 2009. Naquela época eu cursava o último ano do curso de psicologia e tinha vários sonhos entre eles fazer mestrado e doutorado fora do Brasil. Hoje, quase cinco anos mais tarde, alguns sonhos já se tornaram realidade e deram lugares a novos sonhos trazidos por uma visão diferente sobre a psicologia do esporte.
Mas não fui só eu que mudei, a psicologia do esporte mudou. Mudou pra melhor, se em 2009 o que me motivou a iniciar o blog foi a dificuldade de acesso a informações sobre o que ocorria na área, hoje diversos fatores facilitam quem se aventura por essas águas. Primeiro, iniciativas estruturadas por grupos de pesquisa e associações são responsáveis por uma série de eventos (congresos, cursos de introdução...). Se em 2004, o Brasil contava com um congresso realizado bianualmente (se
não me falhe a memória) pela SOBRAPE (Sociedade Brasileira de
Psicologia do Esporte), somente em 2013 houveram três grandes eventos
conduzidos pelos maiores grupos de pesquisadores no país (ABRAPESP,
SOBRAPE e LEPESPE). Segundo, houve um aumento de visibilidade dado pela mídia aos trabalhos desenvolvidos por psicólogos do esporte. Desde a
mais recente conquista mundial pelo handebol feminino (Alessandra
Dutra), a medalha de ouro nos jogos de Londres pelo voleibol feminino
(Sâmia Hallage), além do futebol com a parceria perene entre a Regina
Brandão e o Felipão isso para citar apenas alguns esportes. Outro espaço importante nos veículos de comunicação foi alcançado pela Kátia Rubio sendo co-apresentadora do "Segredos do Esporte",
um programa televisivo que dedicou uma série de episódios para discutir
diversos aspectos relacionados à psicologia do esporte. Terceiro, se antes os poucos sites sobre psicologia do esporte estavam um pouco defasados, hoje diversos blogs (entre eles o meu), páginas e
grupos de discussões em diversas redes sociais trazem visibilidade
aos temas e também aos profissionais que constroem a psicologia do
esporte no Brasil. Ou seja, a evolução da área
e de seus personagens são notáveis a olhos nus.
Neste novo cenário me resta reavaliar o posicionamento desde blog. Ao observar meu histórico de postagens fica claro que andei afastado nos últimos tempos. Acredito que uma das razões desse afastamento não seja apenas a agenda abarrotada de compromissos do mestrado e agora do doutorado, mas a falta de motivação de trazer informações já veiculadas por outros tantos blogs ou grupos de discussão. Ao refletir sobre quais as motivações para manter o blog ativo, reencontrei num cantinho escuro a vontade de compartilhar meus pensamentos não apenas sobre a psicologia do esporte no Brasil, mas também sobre as novas perspectivas que adquiri nesses anos vivendo no hemisfério norte. Portanto, preparem-se para muitas postagens sobre esportes de inverno!!!
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