Justo hoje que decidi voltar de vez ao blog, me deparei com o "depoimento" de como a psicologia a auxiliou no fim de sua carreira esportiva. Como é bom ver a psicologia (do esporte) mais próxima do lado "humano" do atleta. Afinal, como torcedores esquecemos que estes atletas são seres humanos falíveis que tem o direito, que lhes é negado, de errar.
Quantas idéias sobre o que escrever, mas se não me policiar acabo abandonando o blog pelo tempo que me consome... portanto vamos ficando por aqui.
Grande abraço!
Este é um trecho da entrevista que pode ser acessado na íntegra aqui.
Istoé - Já pensou em treinar equipes de basquete?
Magic Paula - Não. Aos 36 anos, comecei a
ter algumas reações que até então não tinha. Pensava: “Putz, vou ter de
viajar para jogar. Tenho de treinar, mas que saco!” Lia muito sobre a
transição de carreira dos atletas ao anunciar a aposentadoria. E eu via
que tinha muito atleta que se perdia, bebia, se drogava. Eu não podia
incorrer nesse erro. E decidi fazer terapia para entender esse processo.
Fiz dois anos de terapia para me aposentar. Como iria encarar a vida
depois de 20 anos fazendo sempre a mesma coisa? Outro processo: o tempo
ia passar e as gerações não iriam me reconhecer mais. Eu tinha de matar a
minha identidade como jogadora, mas não a minha história. Parei de
jogar em 2000, mas só fui colocar em casa quadros com fotos minhas como
jogadora faz três anos.
Istoé - Como era a terapia?
Magic Paula -
Ia ao terapeuta duas vezes
por semana. Era uma terapia do tipo causa e efeito, meio rápida. O
atleta, psicologicamente falando, é muito sequelado. Ele se cobra
demais, a torcida e a família o cobram demais. Ele acha que as pessoas
só se aproximam porque ele é o atleta do momento. O atleta tem de se
cuidar depois que parar, de preferência durante a carreira. No meu caso,
a rivalidade Paula x Hortência me deixou com sequelas, me fez mal.Outras postagens sobre transição de carreira aqui.