Como quem acompanha o blog já sabe, fui aceito no programa de mestrado da Universidade de Otawa, embora saiba que este é só o começo, como diria minha mãe "é sempre importante reconhecer as pessoas".
Portanto, dedico esta postagem a tantas professores que passaram por meu caminho e que de alguma forma acrescentaram para esta conquista.
Como diria Martin Martens no clássico da PE "Coaches Guide to Sport Psychology", "Tudo que tenho me foi dado por outras almas". Já estava na hora de agradecê-las!
Obrigado aos professores do UniCEUB, se não fosse a paciência de aceitar um aluno que só falava em Psicologia do Esporte, não teria aproveitado tanto meu tempo de faculdade. Entre eles, Carlos Augusto (Guto), foi sob sua orientação que fiz minha primeira apresentação oral em um congresso Brasileiro (a única em que tive um professor comigo). Simone Roballo, coordenadora do curso de Psicologia, que após 2 anos de abaixo assinados para que fosse oferecida a disciplina "Psicologia do Esporte", comprou minha briga. Ao Geison Isidro, que ao assumir a disciplina permitiu que eu fosse monitor e assistisse às aulas, além de possibilitar minha participação no estágio com uma equipe de vôlei. Ao Sérgio Alves(Serginho), que me orientou durante a monografia, colaborando de sobre maneira para que o resultado fosse atingido. A minha querida Suzana Joffily, orientadora do trabalho que foi até o Marrocos e que suas novas interpretações estão adentrando o Canadá. Ao Maurício Neubern, que juntamente com a Suzana, aceitou prontamente a responsabilidade de escrever a carta de recomendação, peça fundamental para que conseguisse a vaga para o mestrado. Ainda sobre o Maurício, foi além de um grande mestre, um grande amigo que ao compartilhou comigo suas experiências durante seu doutorado na França auxiliando-me a refletir sobre minhas opções. Agradeço também a Valéria Mori, Fernando Rey, Antonio Isidro, Eillen entre outros, pelos momentos de reflexão sobre a Psicologia.
segunda-feira, 13 de junho de 2011
quarta-feira, 8 de junho de 2011
Mestrado no Canadá - Dicas
Estou adiando esta postagem há tempos, não queria dar opinião sem nem sequer ter sido aceito em um programa de mestrado. Como desde o mês de abril a Universidade de Ottawa confirmou minha vaga, agora não há mais desculpas.
Antes de continuar, gostaria de deixar claro que não são idéias fechadas, são apenas pontos de vista, claro que não pretendo ser "o dono da verdade".
Desde que comecei a conhecer a Psicologia do Esporte (esta estória é longa por isso saiba mais aqui), tinha em mente que deveria ir mais a fundo e buscar ao máximo uma formação que me possibilitasse trabalhar com seriedade na área. Naquela época, isto significava fazer um Mestrado e depois um Doutorado. Embora eu ainda acredite que este seja um bom caminho, hoje vejo que tem muita gente que desenvolve com maestria nossa profissão sem ter tais títulos. De qualquer forma a idéia foi tomando corpo e deu no que deu.
Pra facilitar vou dividir em ações que tomei que deram certo e quais os benefícios das mesmas e outras que poderia ter feito diferentemente.
Ações "Certas":
- Planejamento de longo prazo: desde que entrei na faculdade de psicologia sabia que queria ser Psicólogo do Esporte, isso facilitou muito minha jornada.
- Tirar Boas Notas: vários (senão todos) programas de mestrado no Brasil e no exterior avaliam as notas obtidas durante a graduação (ou "undergrad") do pretendente. No caso da University of Ottawa é exigido um GPA mínimo de 70% (B, MS ou 7) para inscrever-se, entretanto se sua média for acima de 80% você qualifica-se para receber uma bolsa que pode chegar até CD$30.000,00. Vale lembrar que é concorrência, portanto apresentar o mínimo pode ser um pouco arriscado.
- Aproveitar os trabalhos de graduação para realizar pesquisas em PE: desde os primeiros semestres aproveitei ao máximo as oportunidades de buscar "olhares" distintos, seja em Behaviorismo, Psicologia Social, Humanismo, acabei até escrevendo minha monografia com foco em Psicofisiologia. Beber de várias fontes me fez gostar ainda mais da área, além ressaltar pontos fortes de cada escola.
- Participação em Congressos de Psicologia do Esporte: Além de conhecer pessoas extra-ordinárias, após o terceiro congresso pude perceber que não é tão difícil apresentar trabalhos. Isso mesmo, como vários congressos buscam incentivar a iniciação científica, se o trabalho tiver um bom embasamento, certamente será aprovado. Ao meu ver este foi um ponto chave para minha seleção. Afinal, você deixar de ser um ouvinte para começar a construir o conhecimento da área. Além de contar com vários trabalhos em seu CV Lattes. No meu caso, mais de 10 trabalhos em congressos brasileiros, sul-americanos, canadenses e no congresso mundial de psicologia do esporte.
- Networking: Já perdi as contas de quantos mestres e doutores me disseram que um mestrado e principalmente um doutorado são relacionamentos de longo prazo. Portanto, um supervisor levará em consideração desde os aspectos técnicos (notas, trabalhos, cv), mas também como foi o contato entre vocês. Neste aspecto, não existe melhor lugar para iniciar este relacionamento do que em congressos. Isso porque é lá que você: 1- demonstra seu interesse em buscar novos conhecimentos, 2- descobre quais as linhas de pesquisa mais lhe agradam, 3- conversa com alunos orientados pelos professores que você tem sintonia, 4- nas confraternizações você pode conversar de maneira mais informal com os professores e perceber se gostaria de trabalhar com eles(as).
- Encontrar o Orientador ou Visitar a Universidade: Você pode perceber que os três últimos tópicos estão(são) muito relacionados!!! Tanto a Universidade de Ottawa quanto a McGill sugerem que o candidato a vaga de mestrado agende uma reunião com seu possível supervisor para uma conversa sobre o programa, isso antes mesmo de mandar a documentação! Mesmo visitando e conhecendo vários possíveis supervisores, poderia ter sido mais próativo neste tópico.
Poderia ter feito melhor:
- Conhecer os financiamentos e bolsas de estudo: ignorei a importância deste tópico, não que o dinheiro não faça falta, muito pelo contrário. Mas eu acreditava que somente após ser aceito em um programa que eu poderia dar entrada em pedidos de bolsa. Pois é, erro primário, por aqui os pedidos de bolsa devem ser feitos até novembro para serem recebidos em setembro do próximo ano, ou seja, quando inicia o ano letivo. Minha sorte foi ser aceito pela universidade com maior quantidade de bolsas para pesquisa do Canadá.
- Conhecer os trabalhos dos supervisores: foquei muito os trabalhos realizados pelas universidades. Poderia ter lido mais sobre outros professores.
Esses foram os pontos principais. Espero que auxiliem quem sonha em buscar uma qualificação fora do nosso amado Brasil!
Boa sorte e mãos à obra!
Antes de continuar, gostaria de deixar claro que não são idéias fechadas, são apenas pontos de vista, claro que não pretendo ser "o dono da verdade".
Desde que comecei a conhecer a Psicologia do Esporte (esta estória é longa por isso saiba mais aqui), tinha em mente que deveria ir mais a fundo e buscar ao máximo uma formação que me possibilitasse trabalhar com seriedade na área. Naquela época, isto significava fazer um Mestrado e depois um Doutorado. Embora eu ainda acredite que este seja um bom caminho, hoje vejo que tem muita gente que desenvolve com maestria nossa profissão sem ter tais títulos. De qualquer forma a idéia foi tomando corpo e deu no que deu.
Pra facilitar vou dividir em ações que tomei que deram certo e quais os benefícios das mesmas e outras que poderia ter feito diferentemente.
Ações "Certas":
- Planejamento de longo prazo: desde que entrei na faculdade de psicologia sabia que queria ser Psicólogo do Esporte, isso facilitou muito minha jornada.
- Tirar Boas Notas: vários (senão todos) programas de mestrado no Brasil e no exterior avaliam as notas obtidas durante a graduação (ou "undergrad") do pretendente. No caso da University of Ottawa é exigido um GPA mínimo de 70% (B, MS ou 7) para inscrever-se, entretanto se sua média for acima de 80% você qualifica-se para receber uma bolsa que pode chegar até CD$30.000,00. Vale lembrar que é concorrência, portanto apresentar o mínimo pode ser um pouco arriscado.
- Aproveitar os trabalhos de graduação para realizar pesquisas em PE: desde os primeiros semestres aproveitei ao máximo as oportunidades de buscar "olhares" distintos, seja em Behaviorismo, Psicologia Social, Humanismo, acabei até escrevendo minha monografia com foco em Psicofisiologia. Beber de várias fontes me fez gostar ainda mais da área, além ressaltar pontos fortes de cada escola.
- Participação em Congressos de Psicologia do Esporte: Além de conhecer pessoas extra-ordinárias, após o terceiro congresso pude perceber que não é tão difícil apresentar trabalhos. Isso mesmo, como vários congressos buscam incentivar a iniciação científica, se o trabalho tiver um bom embasamento, certamente será aprovado. Ao meu ver este foi um ponto chave para minha seleção. Afinal, você deixar de ser um ouvinte para começar a construir o conhecimento da área. Além de contar com vários trabalhos em seu CV Lattes. No meu caso, mais de 10 trabalhos em congressos brasileiros, sul-americanos, canadenses e no congresso mundial de psicologia do esporte.
- Networking: Já perdi as contas de quantos mestres e doutores me disseram que um mestrado e principalmente um doutorado são relacionamentos de longo prazo. Portanto, um supervisor levará em consideração desde os aspectos técnicos (notas, trabalhos, cv), mas também como foi o contato entre vocês. Neste aspecto, não existe melhor lugar para iniciar este relacionamento do que em congressos. Isso porque é lá que você: 1- demonstra seu interesse em buscar novos conhecimentos, 2- descobre quais as linhas de pesquisa mais lhe agradam, 3- conversa com alunos orientados pelos professores que você tem sintonia, 4- nas confraternizações você pode conversar de maneira mais informal com os professores e perceber se gostaria de trabalhar com eles(as).
- Encontrar o Orientador ou Visitar a Universidade: Você pode perceber que os três últimos tópicos estão(são) muito relacionados!!! Tanto a Universidade de Ottawa quanto a McGill sugerem que o candidato a vaga de mestrado agende uma reunião com seu possível supervisor para uma conversa sobre o programa, isso antes mesmo de mandar a documentação! Mesmo visitando e conhecendo vários possíveis supervisores, poderia ter sido mais próativo neste tópico.
Poderia ter feito melhor:
- Conhecer os financiamentos e bolsas de estudo: ignorei a importância deste tópico, não que o dinheiro não faça falta, muito pelo contrário. Mas eu acreditava que somente após ser aceito em um programa que eu poderia dar entrada em pedidos de bolsa. Pois é, erro primário, por aqui os pedidos de bolsa devem ser feitos até novembro para serem recebidos em setembro do próximo ano, ou seja, quando inicia o ano letivo. Minha sorte foi ser aceito pela universidade com maior quantidade de bolsas para pesquisa do Canadá.
- Conhecer os trabalhos dos supervisores: foquei muito os trabalhos realizados pelas universidades. Poderia ter lido mais sobre outros professores.
Esses foram os pontos principais. Espero que auxiliem quem sonha em buscar uma qualificação fora do nosso amado Brasil!
Boa sorte e mãos à obra!
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